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💰 A batata quente do Master

+ duelo na seguridade + déficit nos correios

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Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que o Banco Master pode até estar próximo do xeque-mate, mas quem compra CDB no secundário acredita no “continue” do xadrez com o FGC.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• BBSE x CXSE: jogando seguro
• Banco Master: a batata quente no mercado
• Correios: do Sedex ao déficit
• Unicórnios: fazendo fila para o IPO

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann
GIRO PELO MERCADO

Por aqui, depois de bater recordes na sexta-feira, o pregão ontem foi de realização com os investidores digerindo a piora no humor regional, após Javier Milei sair derrotado nas eleições legislativas argentinas. A semana promete ser movimentada em dados, com destaque para o IPCA de amanhã, que deve mexer bastante com os ânimos.

Lá fora, o clima foi mais leve, com a perspectiva de corte de juros na semana que vem após os dados fracos do mercado de trabalho americano. Nasdaq e o setor de tecnologia renovaram as suas máximas. Ao longo da semana teremos a divulgação da inflação do consumidor americano (CPI) e também do produtor (PPI). Nas commodities, mesmo com a decisão da OPEP+ em aumentar a produção, o preço do petróleo subiu 1% com a perspectiva de novas sanções americanas contra a Rússia.

VISUAL

BBSE x CXSE: jogando seguro

O setor de seguridade é um dos queridinhos da bolsa – justamente por ser seguro estável e previsível. O jogo é simples: arrecada com os clientes, investe, coleta rendimentos e ganha duas vezes. Em tempos de bonança, vende mais; em tempos difíceis, os juros altos fazem o caixa sorrir. Um verdadeiro business anticíclico.

Entre os destaques do setor, temos a BB Seguridade (BBSE3) e a Caixa Seguridade (CXSE3), cada uma jogando mais no seu campo de atuação no último tri:

  • BBSE3: entregou resultado sólido, com sinistralidade em linha e lucro 19% maior que no ano passado, turbinado pelo financeiro. Mas a festa esfriou quando cortaram projeções pra 2025/26 e o papel sentiu. Agro patina com safra fraca, previdência não decola e o caixa curto tira a chance de recompra no curto prazo. Pelo menos os dividendos seguem firmes: R$4,21/ação nos últimos 12 meses.

  • CXSE3: recém-chegada (IPO em 2021), a Caixa Seguridade cravou seu maior ROE da história no último tri. Lucro subiu 35%, turbinado pela Selic alta e pelos seguros habitacionais e residenciais (afinal, quem financia via Caixa já sabe). Sinistralidade caiu 34,3 p.p. vs. 2024 – quando as enchentes no Sul tinham pesado. E no bolso do acionista: payout de 92,2% e R$1,15/ação em dividendos nos últimos 12 meses.

Preço-Justo* by InvestingPro

  • BBSE3: Preço Atual: R$ 32,25 | Preço-justo: R$ 43,88.

  • CXSE3: Preço Atual: R$ 14,17 | Preço-justo: R$ 19,94

*O preço-justo é a média dos modelos de medição de valuation usados pela Investing.com. Para ter mais dados e segurança na hora de embarcar (ou sair) de um investimento, conheça esse e todos os outros recursos do InvestingPro.

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INVESTIMENTOS

Banco Master e a batata quente

Quem tem CDB do Banco Master sentiu o frio na espinha: o BC barrou a venda pro BRB, sem dar maiores explicações. O enredo já era dramático, com risco financeiro alto e um tempero político. Agora, sem comprador à vista, se o Master não se ajeitar, sobra pro BC decretar liquidação – e aí entra o famoso FGC.

O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) funciona como um seguro do mercado: cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, juntando investimento inicial e juros até o dia da liquidação. Passou disso? A sobra vai para a massa falida, ou seja, vira praticamente um item de colecionador: você sabe que existe, mas nunca mais vê.

A decisão do BC ativou o modo pânico: ninguém quer segurar CDB que pode virar novela em caso de liquidação. Na XP, lotada de papéis do Master, o secundário virou feira: IPCA+45% pra outubro, prefixados a 35%-37% ao ano e até 180% do CDI em 2026. O BTG também surfou a onda: prefixados a 20% (2027) e CDI+3% (2028).

A exposição bilionária justifica as taxas:

  • XP: R$ 35 bilhões

  • BTG: R$ 10 bilhões

  • NuInvest: R$ 3 bilhões

  • Total: ~R$ 60 bilhões

Mas calma: quem passa do limite do FGC é minoria – na XP, menos de 0,05% dos clientes. O Master já tinha fechado a torneira em maio, parando de emitir CDBs e LCIs/LCAs após pegar ajuda do próprio FGC. Agora, é jogo de fé: se o BC decretar liquidação, o Fundo precisa ser ágil no ressarcimento. A dúvida é se a espera vale as taxas gordas.

Por enquanto, o clima é de “passa ou repassa”: tem investidor querendo largar a batata quente e outros caçando barganhas com taxas gordas no secundário.

P.S: uma análise sobre os números do FGC.

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MACRO/AÇÕES
  • Mercado de Trabalho: dados americanos fazem mercado precificar corte de juros. 

  • Margens: financeiras na China batem o recorde de US$ 322 bilhões.

  • B3: anuncia projeto para reduzir tempo de liquidação de ações.

  • Argentina: índice cai outros 10% com a derrota de Milei nas eleições legislativas.

  • Serasa: oferecerá até 99% de descontos apenas hoje na sua plataforma.

  • Brasil: 2025 é o ano com maior juros reais nas últimas décadas.

  • Itaú: promove demissões por baixa produtividade no trabalho remoto.

  • Banco Inter: se prepara para emitir as primeiras contas na Argentina.

  • Braskem: Tanure continua a tentar a compra, travando duelo com a Petrobras.

  • Oil Juniors: Prio e Brava avaliam fatia da Petronas no campo de Tartaruga Verde

  • Azul: no meio da turbulência, papel chegou a subir +150% nos últimos dias.

  • Reag: após Operação Carbono Oculto, gestora troca de controlador.

  • Robinhood: subiu mais 15% após ser incluída no índice S&P500.

BRASIL

Correios: do Sedex ao Déficit

Os Correios não estão apenas entregando encomendas, estão entregando prejuízo. A estatal fechou o primeiro semestre de 2025 com um rombo de R$ 4,3 bilhões, 3x maior do que no ano passado. Só no segundo trimestre, o buraco foi de R$ 2,6 bilhões, quase 5x mais do que no mesmo período de 2024.

O resultado foi uma continuação do primeiro trimestre, quando a empresa já tinha anotado R$1,7 bilhão de prejuízo, sendo este o pior começo de ano desde 2017. O pacote de problemas veio em duas vias:

  • Despesa Express: os gastos administrativos explodiram, chegando a R$ 3,4 bilhões até junho (+74% em relação a 2024), turbinados por reajustes salariais e precatórios que não param de bater à porta.

  • Receita extraviada: a arrecadação encolheu mais de R$ 1 bilhão. O maior baque veio das encomendas internacionais: a famosa “taxa das blusinhas” despachou o segmento para o limbo. O que antes trazia R$ 2,1 bilhões no caixa, rendeu só R$ 815 milhões… um tombo de 62%.

No balanço, a empresa admitiu “restrições financeiras” e apontou as mudanças tributárias como culpadas pela retração no volume de postagens e pelo avanço da concorrência. Em outras palavras: o consumidor comprou menos lá fora e, quando comprou, procurou alternativas.

Para tentar sair do sufoco, os Correios lançaram um plano de recuperação em maio. A promessa é diversificar serviços, cortar custos e apertar o cinto. Entre as medidas, um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) que pode reduzir a folha em até R$ 1,5 bilhão. Mas, por enquanto, o caminhão amarelo segue no vermelho.

STARTUPS

A fila do IPO

Nos últimos anos, ver Unicórnios na Bolsa estava bem mais raro: juros altos, volatilidade e dinheiro sobrando no mercado privado trancaram geral em casa. Agora o jogo virou com a S&P 500 batendo recorde atrás de recorde e Fed sinalizando corte em setembro. Resultado: oito empresas encaram IPOs nos EUA essa semana.

A Klarna, aquela do “compre agora, pague depois”, resolveu ser a primeira da fila e vai tentar uma estreia de US$ 14 bilhões – bem abaixo da avaliação de US$ 46 bilhões de 2021. A StubHub também voltou ao jogo, mirando US$ 9,2 bilhões depois de ter engavetado os planos em abril. E eles não estão sozinhos:

  • Netskope Inc (cibersegurança): US$ 6,5 bilhões.

  • Gemini (corretora de cripto): US$ 2,22 bilhões.

  • Legence (engenharia): ~US$ 3 bilhões.

  • Figure (fintech de blockchain): US$ 4,3 bilhões.

  • Via Transportation (software de mobilidade): US$ 3,5 bilhões.

  • Black Rock Coffee (rede de cafeterias): US$ 860 milhões.

O sucesso recente de nomes como Circle, CoreWeave e Hinge Health deixou muita empresa atiçada para ir à venda. Mas é bom lembrar que IPO não é aplauso automático – o Figma que o diga ( -38% no acumulado, depois de brilhar 250% na estreia).

STATS DO DIA

1135

É o número de bilionários nos EUA, que juntos somam um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 5,7 trilhões.

Via WSJ

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