💰 Um banco maior que o IBOV

+ Ketchup sabor mudança + o poder da platina

Drop é um oferecimento de

Bom dia, Droppers.

Pensei no chuveiro: que a platina valorizando mais que o ouro é tipo o coadjuvante da série ganhando um spin-off e tendo mais temporadas que a original.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• JP Morgan: o maior banco do mundo
• Kraft Heinz: desandou o ketchup
• EUA: inflação vs. juros
• Platina: o metal que mais cresce

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann
GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa voltou a subir timidamente depois de 8 pregões seguidos de quedas. Em nova decisão de Moraes, o IOF volta a ter as alíquotas anunciadas pelo governo no decreto federal de maio. O destaque no pregão ficou com o Pão de Açúcar, que subiu 10,66% depois de a empresa informar que a família Coelho Diniz aumentou sua participação.

Lá fora, a novela entre Jerome Powell e Donald Trump continua, com boatos de que uma possível demissão do presidente do Banco Central Americano estava por vir. Após a queda das ações com a notícia, Trump disse que é altamente improvável que ele demita Powell. Com todo esse ruído, o índice do medo subiu quase 8%. Hoje teremos divulgação de balanço de TSMC, PepsiCo e Netflix.

VISUAL

JP Morgan: o abre-alas bancário

O JPMorgan Chase, maior banco dos EUA, puxou a fila e abriu a temporada de divulgação do setor bancário. Mesmo com alguns obstáculos no caminho, entregou mais do que o mercado esperava:

  • Lucro por ação: US$ 5,24 (vs. US$ 4,48 esperados)

  • Receita: US$ 45,68 bilhões (vs. US$ 44,06 bilhões esperados)

O lucro caiu 17% em relação ao ano passado, mas calma! A comparação é meio injusta, já que no mesmo período de 2024 o banco teve um ganho bilionário com ações da Visa (cerca de US$ 7,9 bilhões de bônus). Mesmo excluindo um benefício fiscal de US$ 774 milhões que turbinou os lucros, o banco ainda superou as expectativas.

Os destaques ficaram com as áreas estratégicas: Renda Fixa subiu 14%, batendo US$ 5,7 bilhões e Renda Variável subiu 15%, fazendo US$ 3,2 bilhões. Também houve crescimento em Investment Banking (7%).

O trimestre foi positivo, mas o JP segue atento e já disse que está atento aos riscos da incerteza comercial, das condições geopolíticas, aos déficits fiscais e aos preços dos ativos.

Mesmo com tudo isso no radar, o banco já sobe +21,17% e hoje vale US$ 785,92 bilhões – simplesmente mais do que todas as empresas do Ibovespa. Também é maior que o somatório dos outros três maiores bancos americanos: Bank of America, Citi e Wells Fargo.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 6 | Compra: 9 | Neutro: 7 | Venda: 2 | Venda forte: 1

Preço-alvo médio: US$ 300,45 | Preço atual: US$ 285,82

Outros bancos também divulgaram seus resultados ontem:

  • Bank of America: entregou uma receita e um lucro por ação acima do esperado, mas mesmo assim o papel caiu -0,26% no pregão. No ano, sobe +6,01%.

  • Goldman Sachs: reportou mais um trimestre de recordes com a mesa de operações, que fez US$ 4,3 bilhões no trimestre, US$ 600 milhões acima do esperado. O papel subiu +0,90% no dia e já soma +25,02% neste ano.

  • Morgan Stanley: também entregou acima do esperado, com expansão na receita em 12% no trimestre. Chegou a cair -4,81% durante o pregão, mas foi se recuperando durante o dia e fechou com queda de -1,27%. O banco sobe +12,83% no ano.

EMPRESAS

Ketchup com sabor de mudança

Nem mesmo Warren Buffett acerta todas! O investidor lendário está tentando limpar uma mancha de ketchup da camisa – uma mancha que tem nome e sobrenome: Kraft Heinz. Após anos de vendas fracas e ações perdendo força, a empresa está sendo desmembrada.

A Kraft Heinz é resultado de uma fusão bilionária orquestrada pela Berkshire Hathaway e pelos brasileiros da 3G Capital lá em 2015. No Brasil, é dona de marcas conhecidas como Kraft, Heinz, Hemmer e Quero – algumas delas talvez estejam na sua geladeira.

Doze anos se passaram desde que a Berkshire se juntou à 3G para comprar a Heinz. Dez, desde que a Heinz se fundiu com a Kraft Foods para gerar o conglomerado.

Uma década de tentativas depois, a 3G já desistiu de tentar acertar o ponto e saiu da mesa. Já Buffett, mesmo admitindo que pagou caro pela empresa, decidiu ficar. E o bom velhinho se dá bem até quando se dá mal:

  • Investimento inicial: US$ 9,8 bilhões.

  • Valor do investimento atual: US$ 8,8 bilhões

  • Dividendos recebidos no período: US$ 6,3 bilhões

  • Resultado final: 54% de lucro final (mesmo com as ações caindo)

Já os outros acionistas da Kraft... ficaram só com o cheirinho: 8% de retorno em 10 anos, enquanto a Unilever (dona da Hellmann's, Magnum, Knorr, etc) quase dobrou de valor. E a tendência segue: projeção de queda de 3% na receita da Kraft Heinz em 2025, contra alta de 2% da rival.

A aposta agora é focar na Heinz e dividir o resto. Os campeões de venda (condimentos, mac and cheese e cream cheese) seguem na mesa, mas o restante pode ser servido à parte, na esperança de destravar valor mais rápido.

EUA

Inflação: Juros se mantêm, Jerome talvez

O sonho de Trump é ver o Fed com a tesoura do corte de juros nas mãos, mas os dados de aumento dos preços nos EUA deixam o banco central de braços cruzados e sem vontade de abrir. Os números: a inflação de junho subiu 2,7% em relação ao ano anterior, acima dos 2,4% de maio.

Os dados deixaram uma certeza e uma dúvida.
- Certeza: tarifas já puxaram a alta de móveis, eletrônicos, brinquedos e roupas — até 1,8% num mês.
- Dúvida: essa pressão já passou ou ainda vem mais por aí?

Os itens que chamaram a atenção na variação anual:

  • Ovos: +27,3%

  • Café: +13,4%

  • Conserto de carro: +8,2%

  • Streaming: +4,6% 

  • Restaurantes: +3,8%

  • Aluguéis: +3,8%

Com a tarifa de 50% nos produtos brasileiros, itens como café e suco de laranja devem ter nova disparada nos preços. Enquanto isso, Trump continua pressionando o Fed para cortar os juros em três pontos percentuais (de 4,25% para cerca de 1%), com o argumento de que isso economizaria US$ 1 trilhão aos cofres americanos.

O que os analistas dizem é que a montanha-russa tarifária criada pelo próprio Trump – anuncia, recua, depois volta – deixou os preços ainda mais incertos. Antes disso, Powell até cogitava cortar os juros, mas o clima mudou e a decisão foi ficando para mais tarde.

Como o Fed é independente e Powell tem mandato até 2026, Trump tenta outras táticas — a mais recente: demiti-lo “por justa causa”. Fontes da Casa Branca disseram que era questão de tempo, mas, após o mercado reagir mal, Trump correu pra negar.

O corte de juros, que Trump queria no primeiro semestre, pode chegar só em setembro. Enquanto isso, a política monetária vai se tornando moeda política e o Fed, que já tem um desafio nas mãos para controlar inflação, tem que lidar também com a pressão no volume máximo.

PS: O PPI, inflação do produtor, foi divulgado ontem e ficou estável, sem mudanças. O esperado era um aumento de 0,2%

MACRO/AÇÕES
  • China: PIB chinês sobe 5,3%, acima do nível da meta do governo, que é de 5%.

  • França: governo propõe eliminar dois feriados para combater a crise orçamentária.

  • Suco de Laranja: após anúncio das tarifas para o Brasil, o contrato do ativo subiu quase 10%.

  • Prata: atinge o maior preço dos últimos 14 anos.

  • Apollo: a famosa gestora está considerando comprar parte do time espanhol Atlético de Madrid.

  • Raízen: continua seu plano de desinvestimentos e fecha a usina Santa Elisa.

  • Embraer: em meio à tensão comercial com os EUA, fecha contrato de R$ 22 bilhões com empresa da Dinamarca.

  • BitMine: segundo a SEC, o fundo de Peter Thiel comprou 9,1% da empresa, o que a fez subir +12,06%.

  • Banco do Brasil: analistas do Safra projetam queda de 51% no lucro.

  • Aura Minerals: começa a ser negociada na Nasdaq.

GESTÃO

Gerir é preciso, sofrer não é preciso

Oferecimento Jeeves

Algumas áreas possuem maior tolerância para risco. O financeiro definitivamente não é uma delas. Um zero a mais, ou a menos, pode representar uma diferença de milhões.

E qualquer financeiro que se preze sabe o risco que corre em meio a tantas células de tributo, pagamento de fornecedores, despesas rotineiras, variações de câmbio, reembolsos, etc.

Gerir tudo isso é mandatório. O opcional é sofrer fazendo... Os clientes da Jeeves, por exemplo, já possuem um ambiente centralizado e automatizado para:

  • Emissão de cartões com total autonomia

  • Controle de despesas ao vivo, online

  • Limites de gasto ajustáveis por usuário ou departamento

  • Políticas personalizadas de despesas

  • Configuração de fluxos de aprovação

Tudo isso sem precisar do gerente do banco ou de longas ligações. É você no controle. Gostou? Confira uma demonstração gratuita e descubra como a Jeeves pode ajudar a sua empresa a parar de sofrer.

METAIS

Platina: Nem tudo que reluz é ouro

Em 2025, o metal que mais brilha não é dourado nem prateado… é cinza! A platina já sobe 58,12% no ano, deixando para trás seus primos mais famosos: o ouro (+27,54%) e a prata (+31,14%). Mas o que está por trás desse brilho todo? A resposta vem em camadas, como um ogro uma cebola:

  • A platina vem ganhando status de protagonismo em setores estratégicos, como o automotivo, o petroquímico e energia limpa.

  • Instabilidade financeira e geopolítica faz com que muitos investidores busquem portos seguros nos metais.

  • Os maiores produtores (Rússia e África do Sul) estão enfrentando de tudo um pouco: greves, sanções, interrupções, diminuindo a oferta.

Por outro lado, a demanda só cresce, principalmente entre as montadoras de veículos. Hoje, o déficit previsto para 2025 é de 750 mil onças.

No Brasil ainda não há ETFs com exposição à platina, mas nos EUA existem opções como o PPLT, que reflete diretamente o preço do metal por meio de barras físicas armazenadas, e o GLTR, que investe em metais como ouro e prata, com cerca de 20% alocados em paládio e platina.

O cenário macro também ajuda: possibilidade de juros mais baixos no horizonte, dólar fraco e aquele velho desejo por segurança. Tudo isso dá palco para a platina brilhar como nunca.

PS: a prata atingiu o seu maior preço dos últimos 14 anos.

STATS DO DIA

64%

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*Conteúdo de marca parceira

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