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Bom dia Droppers! Bora pro pregão?
Pensei no chuveiro: que se o mundo dos investimentos fosse um café, entrar nas memecoins seria pedir um expresso triplo com adicional de energético.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Netflix: o golpe da taxação do Brasil no trimestre
• Tesla: receita sobe, lucro cai
• Tokenização: Brasil liderando Latam
• Beyond Meat: a memestock da vez

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa segue de bom humor e vai colocando sorriso no rosto dos investidores junto, com forte apoio de Vale (subindo 1,78%) e Petrobras (que subiu 1,15%) embalada pela alta do petróleo – e que também arrematou dois blocos no leilão do pré-sal da Bacia de Campos.
Lá fora, o clima era de confusão. Com meme stocks voltando aos holofotes, parecia que tudo ia subir rapidamente, mas a realidade não foi tão boa assim. As notícias sobre possíveis novas restrições dos EUA às exportações de software para a China reacenderam as tensões comerciais e deixaram os investidores menos gananciosos.
VISUAL
Netflix x Fisco: o demogorgon brasileiro

TU-DUM. O roteiro era promissor: trimestre de alta, novos lançamentos e fluxo de caixa recorde. Mas o resultado veio abaixo do esperado – e o vilão da vez foi o Brasil. Logo na segunda linha do relatório, a Netflix citou decisões tributárias brasileiras como o motivo do lucro menor que o previsto. Nem o melhor roteirista esperava essa reviravolta.
Segundo a empresa, uma disputa tributária “em andamento” por aqui a obrigou a registrar uma despesa de US$ 619 milhões (R$ 3,3 bilhões). O problema se arrasta desde 2022 e acabou tirando mais de cinco pontos percentuais da margem operacional da companhia.
Foi o pior earning miss desde o 4T’22, que fez com que a ação caísse -10%:
🟡 Receita: US$ 11,51 bilhões x US$ 11,51 bilhões esperados.
🔴 Lucro Líquido: US$ 2,55 bilhões x US$ 3 bilhões esperados.
🔴 Lucro por ação: US$ 5,87 vs. US$ 6,97.
O tom pode ter sido de “tudo sob controle”, mas o baque foi grande: a empresa perdeu quase US$ 40 bilhões em valor de mercado. Ainda assim, segue confiante e projeta quase US$ 12 bilhões em receita no próximo trimestre, aposta na última temporada de Stranger Things em novembro e até em jogos ao vivo da NFL no Natal.
Em 2016, quando Stranger Things estreou, a Netflix gastava mais com conteúdo do que ganhava. Nove anos depois, o custo ficou mais contido: hoje investe cerca de US$ 0,40 para cada US$ 1 de receita, bem abaixo do auge de 2021.
Em Wall Street, os analistas se dividiram entre o “tá tudo bem” e o “vamos com calma”:
Barclays, JPMorgan e Goldman: mantiveram postura neutra, citando a volatilidade e os riscos de desaceleração de assinantes.
UBS, Morgan Stanley e Bank of America: seguem otimistas, com alvos até 20% acima do preço atual.
O que sabemos é que se o Demogorgon não assustar, o Leão da Receita Federal dá conta do recado.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 8 | Compra: 25 | Neutro: 14 | Venda: 2
Preço-alvo médio: US$ 1340.14 | Preço atual: US$ 1116.37
MACRO/AÇÕES
Bancos: pesquisa do BofA mostra que BTG e Itaú estão entre os papéis preferidos.
Crédito Privado: casos de Ambipar e Braskem contagiam papéis da Raízen.
Computação Quântica: ações de empresas despencam após Google anunciar seus avanços no novo chip Willow.
IPOs: Citi prevê retomada dos IPOs no Brasil a partir de 2026 após quatro anos de hiato.
Warner Bros: venda de ativos atrai interesse de Netflix e Comcast.
GM: empresa bate as estimativas e sobe 15%, na maior alta desde 2009.
XP: contrata ex-executivo do Itaú BBA para liderar a área de corporate do banco
WEG: resultado em linha, mas com sinais positivos segundo a XP.
IBM: superou as estimativas de lucros e receitas do 3T’25.
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EARNINGS
Tesla: receita acelerando, lucro freando.

A volta de Elon Musk para os escritórios da Tesla começou a fazer efeito. Depois de dois trimestres em queda, a receita da montadora cresceu 12%. O problema é que o lucro veio abaixo do esperado, com as ações caindo ~5% no after-market.
O lucro despencou 37%, para US$ 1,37 bilhão e o motivo não é mistério. A Tesla barateou seus elétricos e viu os custos com IA dispararem. A boa notícia (ou quase): a receita ficou de pé graças à corrida de consumidores tentando garantir seus carros antes que os créditos fiscais expirem nos EUA. Os preços vão subir e o mercado já está de olho na conta que vem aí.
Os números do trimestre:
🟢 Receita: US$ 28,1 bilhões x US$ 26,3 bilhões esperados.
🔴 Lucro por ação: US$ 0,50 vs. US$ 0,54.
🔴 Lucro Operacional: US$ 1,62 bilhão x US$ 1,65 bilhão esperados.
🟢 Margem Bruta: 18% x 17.2% esperado.
No call de resultados, Musk fez o que Musk faz: pouca orientação concreta e muitas visões de futuro. Falou do Cybercab, dos caminhões Semi, do Megapack 3 e até do robô humanoide Optimus, que deve ganhar uma nova versão no início de 2026. No entanto, o que preocupa os investidores é o ritmo lento e a queda no lucro.
Destaque positivo para o segmento de energia e armazenamento, que cresceu 44% em um ano, chegando a US$ 3,42 bilhões – já são 25% da receita total. A Tesla vende de baterias gigantes a painéis solares para datacenters e tem um cliente de peso: a xAI (também do Muskverso), que gastou ~US$ 200 milhões no último ano.
O mercado gostou de ver os números subindo – só não o bastante pra ignorar a pressão nos custos e a margem cada vez mais apertada. Enquanto isso, Musk segue no modo visionário, falando de robôs, caminhões e táxis autônomos, mas sem dizer quando (ou se) tudo isso vai realmente virar grana.
A empresa vale US$ 1,46 trilhão, subindo +101% nos últimos 12 meses.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 5 | Compra: 16 | Neutro: 17 | Venda: 7 | Venda Forte: 2
Preço-alvo médio: US$ 366.77 | Preço atual: US$ 438.97
CRIPTO
A onda da tokenização no Brasil

Por anos, a tokenização foi tipo aquele projeto que todo mundo promete no PowerPoint, mas nunca chega à versão vida real. Pois bem… chegou. E chegou com emissões acima de US$ 1 bilhão em ativos só no Brasil, segundo o Brazil Tokenization Report 2025.
Segundo o estudo, 71% dos fundos de venture capital no Brasil já investem em startups de blockchain e ativos digitais – quase o dobro de 2024. O país virou referência na América Latina, com mais de 60% das plataformas licenciadas pela CVM, após a revisão da Resolução 88, que deu o empurrão que faltava pro setor decolar.
Mas afinal, o que é essa tal de tokenização?
Pense num imóvel, num título ou numa ação sendo “fatiado” digitalmente em pequenas partes e registrado numa blockchain – uma espécie de cartório público e transparente, só que sem fila, sem carimbo e (quase sempre) sem burocracia. Cada fatia vira um token, que pode ser comprada, vendida ou trocada com a facilidade de um clique.
O estudo ouviu dezenas de instituições financeiras e startups, e o clima é de otimismo controlado:
62% já têm licença ou estão se adequando às regras da CVM ou do BC;
70% dizem que o mercado melhorou em relação a 2024, com casos reais e infraestrutura mais sólida;
44% veem um crescimento consistente e 30% já consideram o mercado “maduro”.
Os obstáculos? O de sempre: falta de conhecimento do público (67%), ruído regulatório (54%) e pouca interoperabilidade entre sistemas (29%).
Mas no campo dos VCs, os números confirmam o hype: antes eram 28% e agora 7,7% o número de fundos que dizem não ter interesse no setor. O entusiasmo é tão forte que até quem nunca olhou para blockchain está, no mínimo, estudando o tema.
Com a regulação em amadurecimento, stablecoins lastreadas em reais e os bancos entrando no jogo, o Brasil tem todos os ingredientes pra virar um hub global de tokenização. Mas antes precisa difundir educação financeira e tecnológica para alcançar a escala exponencial.
Stablecoins no topo

Por falar em stablecoins, o valor de mercado delas atingiu um recorde histórico em 2025, ultrapassando os níveis do boom cripto de 2022. Quer entender por que elas voltaram a dominar o jogo? Descubra mais no blog da Binance*.
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MEME STOCKS
Beyond Meme Meat

A Beyond Meat voltou a ferver – e não é na panela. As ações dispararam mais de 1.200% desde 16 de outubro, virando o meme stock da vez. O papel chegou a subir 128% na segunda e 146% na terça, embalado por um acordo com o Walmart e o hype do Reddit – mas terminou o dia em leve queda de 1,1%.
Mas afinal, o que faz uma meme stock?
Uma pitada de entusiasmo do varejo, uma colherada de volume insano de negociação, e um bom punhado de investidores apostando contra. Misture tudo, adicione um preço baixinho que dá vontade de “entrar só pra ver o que acontece” e voilà. O que a empresa faz mesmo? Irrelevante,
Pra se ter uma ideia, a $BYND foi o ativo mais negociado dos EUA no pré-mercado de quarta, com US$ 3,37 bilhões em volume – 5x o de Tesla e 8x o de Nvidia. O jornalista Luke Kawa, da Sherwood News, brincou: a empresa trocou mais ações em um dia do que hambúrgueres em toda a sua história.
A empresa já vinha em má fase há tempos. Foi avaliada em US$ 14 bilhões no auge das carnes vegetais, mas valia só US$ 39,5 milhões antes da recente alta. Acumula US$ 1,2 bilhão em prejuízos desde 2018, e as margens brutas despencaram de 30% para 11,5%.
O entusiasmo do mercado mostra que o apelo das meme stocks segue vivo – mas o churrasco da Beyond ainda é feito de fumaça. O hype deixa tudo com cara de ponto certo, mas o lucro… esse, continua cru.
PS: a estimativa é de que os vendidos tenham perdido cerca de US$ 130 milhões.
STATS DO DIA
US$ 25 bilhões
Foi o quanto o OnlyFans disse que já distribuiu aos seus criadores de conteúdo desde 2016.

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