Drop é um oferecimento de

Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que o P/L do S&P 500 é o eletrocardiograma emocional do investidor. Em 2000, foi um pico de mania; em 2008, uma parada cardíaca; hoje, parece um ansioso tomando café.

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa emplacou a sexta queda seguida, acumulando um recuo de -4,22% desde sua máxima histórica. O clima também piorou com os anúncios de novas tarifas sobre produtos da União Europeia e do México, que só aumentaram a volatilidade e as incertezas no pregão. Ontem, o IBC-Br, aquele indicador conhecido como prévia do PIB, veio pior que o esperado, com queda de -0,74%.

Lá fora, mesmo com as tensões comerciais esquentando, as bolsas americanas fecharam levemente positivas. Trump voltou ao modo turbo, ameaçando dobrar as tarifas sobre a Rússia em mais 100%, numa tentativa de apertar o cerco sobre a guerra na Ucrânia. Já no campo das empresas, a Palantir brilhou ao alcançar uma nova máxima histórica. Começou também a temporada de balanços do 2T25, que promete chacoalhar bastante os mercados. Hoje saem os dados do CPI, a inflação ao consumidor nos EUA, e amanhã é a vez do PPI, que mede a inflação ao produtor.

VISUAL

Delta: depois da tempestade, o plano de voo

A Delta Airlines abriu a temporada de balanços com as turbinas bem ligadas e as ações subiram 14,62% desde a divulgação. O principal motivo? A empresa simplesmente voltou a passar um guidance pro mercado.

Ela até começou 2025 acelerando com a promessa de um ano histórico, mas atrasou o voo com o caos tarifário do Dia da Libertação. Agora, um plano meio tímido com projeção de 15% menor do que o guidance original para 2025 já foi o suficiente para animar um mercado sedento por previsibilidade.

O primeiro trimestre terminou assim:

• Receita com passagens: US$ 13,9 bilhões

• Receita com cartões: US$ 2 bilhões

• Lucro ajustado: US$ 2,10 por ação

A receita com passagens ficou estável, mas com uma inversão no ticket-médio – bilhetes premium subiram 5%, enquanto os da classe econômica caíram na mesma proporção.

O crescimento fica mesmo nos cartões de crédito: 10% acima do mesmo período do ano passado. Já o lucro projetado ficou entre US$ 5,25 e US$ 6,25 por ação, ou seja, abaixo dos US$ 7,35 prometidos no início do ano.

Esse otimismo da Delta deu um empurrão no setor da aviação: United (+10,93%), American (+7,84%) e Southwest (+9,15%) também voaram. Nada mal para um ano em que o índice das aéreas caiu quase 16% enquanto o S&P 500 subia 7%.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 4 | Compra: 17 | Neutro: 2 | Venda: 1

Preço-alvo médio: US$ 63,98 | Preço atual: US$ 58,11

P.S: Em média, apenas 1% do valor da passagem foi o lucro das empresas aéreas americanas

CRIPTO

Cripto Week + ETFs = Bitcoin no Espaço

Em mais uma arrancada digna de fazer todo mundo se arrepender de não ter ouvido o amigo inovador que falou sobre criptomoedas lá em 2015, o Bitcoin bateu a máxima histórica de US$ 123 mil! E se depender dos sinais do mercado, da política e dos ETFs, esse foguete ainda não tem data pra aterrissar.

Aqui vão 5 motivos que explicam esse movimento do Bitcoin:

1. Crypto Week: nessa semana o Congresso dos EUA vai discutir projetos importantes como o Digital Asset Market Clarity Act (que busca dar mais segurança jurídica para o mercado cripto) e o Genius Act (focado na regulação de stablecoins).

2. O Tio Sam Trump é cripto-lover: o mandato de Trump vem favorecendo o mercado. Tem nomeações amigáveis na SEC, retirada de processos contra gigantes e até a criação da Reserva Estratégica de Bitcoin dos EUA.

3. Mercado de ETFs: desde a aprovação dos primeiros ETFs de Bitcoin em janeiro de 2024, os investidores institucionais caíram de cabeça. Em 10 de julho, os ETFs bateram o fluxo de US$ 50 bilhões em entradas líquidas, e na semana passada, sozinhos, receberam US$ 2,7 bilhões.

4. Juros mais baixos: a estimativa atual do mercado é que o FED deve cortar juros 2x ainda esse ano – o que significa dinheiro mais barato e investidores animados. Além disso, a redução dos juros geralmente traz mais inflação e o BTC segue vendendo bem sua imagem de "hedge" inflacionário.

5. Empresas comprando Bitcoin como nunca: somente este ano, 125 empresas públicas declararam possuir Bitcoin. No segundo trimestre, elas compraram juntas um recorde de 159.107 BTC.

Com tudo isso, Satoshi Nakamoto (o misterioso criador do Bitcoin) agora está batendo na porta dos 10 mais ricos do mundo. Com 1,1 milhão de BTC intocados, sua fortuna (mesmo teórica) ultrapassa US$ 134 bilhões.

P.S: O índice do Medo & Ganância Cripto se encontra no nível de 70, de ganância.

PME

O melhor amigo do empresário

Oferecimento Omie

Já pensou como seria prático emitir NFs, gerar boletos, consultar estoque e incluir contas a pagar e receber direto no WhatsApp? Pois é exatamente isso que a Omie está fazendo com a ajuda da IA. 

Agora, o sistema de gestão Omie pode ser utilizado diretamente do app que você mais usa e está pronto para conversar com você: 

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Nada de comandos complicados ou frases prontas!  É a IA fazendo o que faz de melhor: tornando a tecnologia invisível e acessível no aplicativo que o empreendedor brasileiro mais usa! 

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MACRO/AÇÕES

• IPI: governo oficializa a redução do imposto para carros populares.

• G20: Ministros da Economia se encontram na África do Sul.

• Bitcoin: com a forte alta, cerca de 250 mil trades que estavam operando contra foram liquidados.

• Tarifas: a receita tarifária dos EUA ultrapassou, pela primeira vez, os US$ 100 bilhões.

• Bancos: FED considera mudanças na forma como classifica os grandes bancos.

• Índia: caminha para fazer recorde de IPOs nesse ano.

• IPCA: sobe 0,24% em junho, com o anualizado chegando em 5,35%.

• CVM: abre investigação contra a cúpula do BRB.

• MMX: antiga mineradora de Eike Batista vai leiloar sua participação no Porto do Sudeste, com lance mínimo de R$ 60 milhões.

• Gerdau: paralisa fundo de US$ 80 milhões para startups.

• Telefônica Brasil: Vivo adquire controle total da FiBrasil por R$ 850 milhões.

• TVRI11: FII vende mais uma agência bancária do BB, em valor 37% acima do valor patrimonial.

• BRF: Previ divulga ao mercado que concluiu seu processo de desinvestimento, encerrando um ciclo de três décadas.

• Kraft Heinz: quer reverter a fusão que criou e separar as suas marcas.

MODA

Taxa das blusinhas: o closet em transição

Prestes a completar um ano, a “taxa das blusinhas” colocou 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 e fez chegar menos saquinhos de moda nas casas brasileiras, mas fez um barulhinho tocar como música no ouvido das varejistas nacionais: “som da registradora.mp3”.

A nova realidade caiu como um look sob medida para as varejistas brasileiras:

• Lojas Renner: a varejista viu a receita subir 12% (R$ 2,7 bilhões) e seu lucro líquido aumentar 58,7%, em R$ 221 milhões. As ações sobem +53,22% no ano.

• C&A: também viu sua receita subir dois dígitos, em 10,9%, batendo R$ 1,6 bilhões. O papel já dobrou de preço esse ano, subindo incríveis +123,53%.

• Guararapes: a dona da Riachuelo bateu R$ 2,2 bi em faturamento, subindo 10,6%. A ação sobe +29,08% no ano.

Antes das taxas, a Shein vendia com preços até 40% mais baixos que as varejistas nacionais. O imposto funcionou como um ciclo de lavagem em água quente com secagem na secadora: encolheu a diferença para apenas 10% – e refletiu no número de envios chineses, que caiu 31,7% em 11 meses (do último mês pré-taxa até junho de 2025).

Será o fim da Shein? Nem de perto. A empresa esta aumentando os vendedores brasileiros dentro da plataforma e fortalecendo seu marketplace. Para o BTG, essa é a chave para uma recuperação nos números

PS: Após impasses nos EUA e 18 meses travada em Londres, a gigante do fast-fashion Shein partiu pro plano C: pediu IPO confidencial em Hong Kong.

EARNINGS

2T25: aberta a temporada de balanços

Com a Delta Airlines chamando todo mundo para o portão de embarque da temporada de balanços do 2T25, o que será que o Dropper deve esperar para os resultados desse trimestre? Semana passada o S&P renovou suas máximas novamente… Será que os reports vão sustentar isso?

Nos próximos dias teremos grandes nomes fazendo suas divulgações, como JPMorgan Chase, BlackRock, Citi, TSMC, Netflix, 3M e PepsiCo. Mas por que esse trimestre é tão importante?

• As divulgações do 1T25 foram as últimas com o mercado “pré-tarifas”

• Agora, o impacto real da guerra comercial vai começar a aparecer nos balanços.

• Analistas esperam um crescimento de apenas 4,8% nos lucros do S&P 500 em relação ao ano passado – o menor desde 2023.

Segundo a Bloomberg, mais da metade dos setores (6 de 11) deve apresentar queda de lucro. Mas nem isso é suficiente para frear o S&P 500, que se encontra nas suas máximas com um P/L projetado de 22,4x para os próximos 12 meses – o maior em 3 anos!

Em resumo, o mercado está confiante: os valuations voltaram pra estratosfera e os dados vão mostrar se isso tudo é racional ou só mais uma vez os animal spirits fazendo seu papel.

STATS DO DIA

15%

é o número de casas vazias no Japão, consequência da redução populacional que o país vive.

Via Apollo

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