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Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que o mercado pode oscilar, com juros mudando, trocas de governo e até guerras… mas o JPMorgan continua imprimindo dinheiro, independente da situação.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• JP Morgan: o tri do maior banco dos EUA
• 24X: a bolsa que (quase) não dorme
• Oi: buscando socorro no mercado
• Balanços: um giro pelo mercado

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann
GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o pregão teve um dia bem movimentado, com índice futuro com rolagem, Vale subindo +1,86%. Mas quem patinou no óleo foi justamente a Petrobrás, que caiu 1,40% depois que o petróleo caiu junto com o preço da gasolina. Eletrobrás mostrou energia e subiu 2,33% depois que disse que quer se livrar da radiação e vender sua fatia na Eletronuclear.

Lá fora, o ouro continua sua rotina de ser imparável, renovando mais uma máxima histórica e passando da marca dos US$ 4.200. Já o petróleo foi na direção oposta e chegou na mínima dos últimos cinco meses – refletindo as novas tensões comerciais, que jogam um balde de água fria nas expectativas de crescimento global.

VISUAL

JPMorgan: a arte de lucrar

O maior banco dos EUA segue com sua estrela de xerife no peito, mandando em Wall Street e colhendo resultados invejáveis. O JPMorgan Chase divulgou resultados do terceiro trimestre e deixou os analistas surpresos: alta de 12% nos lucros em relação ao ano passado e receita bem acima das previsões.

  • 🟢 Receita: US$ 47,12 bilhões x US$ 45,4 bilhões esperados

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 5,07 x US$ 4,84 esperados.

  • 🟢 Investment Banking: US$ 2,6 bi x US$ 2,5 bi esperados

O destaque ficou nas mesas de operação: quase US$ 9 bi em receita de trading – recorde histórico para o tri. O banco surfou no caos dos mercados e nas idas e vindas das políticas de Trump, com traders girando posições como num carrossel financeiro movido a adrenalina.

Na divisão de renda fixa, o salto foi de 21%, pra US$ 5,6 bi. O equity trading veio logo atrás, disparando 33% e batendo US$ 3,3 bi. Já o investment banking engatou alta de 16%, surfando a onda de fusões, aquisições e índices de ações flertando com o topo.

“Temos visto uma leve desaceleração, especialmente no emprego, mas a economia americana ainda mostra resiliência”, disse Dimon. “Por outro lado, há incertezas geopolíticas, tarifas, preços elevados e o risco de uma inflação teimosa. A gente sempre torce pelo melhor — mas se prepara para o pior.”

O JPMorgan segue imprimindo dinheiro… mas já de olho na turbulência que pode aparecer no radar. O banco segue estável e lucrativo, e a ação já subiu +30% no ano e 41% nos últimos 12 meses. O banco vale US$ 832,15 bilhões.

PS: eles querem dobrar os ativos sob gestão na Ásia-Pacífico, com foco na China, Japão e Austrália.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 5 | Compra: 9 | Neutro: 8 | Venda: 2 | Venda Forte: 1

Preço-alvo médio: US$ 325 | Preço atual: US$ 305,69

MACRO/AÇÕES
  • FGTS: novas regras aumentam o teto de uso para compra de imóveis; novo valor é de R$ 2,25 milhões.

  • TACO: será que o modus operandi está de volta?

  • Shutdown: do governo americano esta custando US$15 bilhões diariamente.

  • Raízen: os bonds da empresa acumulam perdas de 19% na última semana.

  • Banco Pan: subiu 20% após a divulgação do plano de incorporação pelo BTG.

  • Oracle: anunciou a abertura de dois novos data centers no Brasil.

  • Embraer: divulgou a venda de 20 aeronaves para companhia holandesa, em acordo de quase US$ 2 bilhões.

  • Brookfield: antecipa a compra na Oaktree Capital, e agora tem 100% da gestora de Howard Marks.

  • Apple: acelera saída da China e amplia produção no Vietnã.

  • Eletrobras: vende Eletronuclear à J&F, dos irmãos Batista.

CRIPTO

Reerguendo o mercado cripto

Oferecimento Binance

Depois de o Bitcoin bater US$ 125k e Ethereum crescer com a isenção de taxas corporativas nos EUA, o mercado passou por uma baixa na semana passada após o anúncio de novas tarifas dos EUA para a China. Boa parte das criptos já se recuperou, mas todo baque é um baque.

Pra restaurar a confiança no setor, a Binance lançou o programa “Iniciativa Juntos”, que vai injetar US$ 400 milhões para apoiar usuários do ecossistema que sentiram o impacto da recente volatilidade.

  • US$ 300 milhões em vouchers pra quem teve grandes perdas em liquidações.

  • US$ 100 milhões num fundo de empréstimos com juros baixos para parceiros institucionais.

A ideia é simples: dar um fôlego real aos usuários, fortalecer o ecossistema e estimular conversas transparentes sobre investimento responsável. 

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*Não é recomendação de investimento. Confira todos os detalhes das ofertas

TRADING

23/5: o mercado que (quase) nunca dorme

O sonho dos traders insones está virando realidade: a 24 Exchange acaba de abrir as portas para o primeiro pregão americano com ambição de funcionar 23 horas por dia, 5 dias por semana. Por enquanto, a “boate da bolsa” ainda fecha mais cedo: o expediente vai das 4h da manhã às 8h da noite… tipo um happy hour estendido.

A ideia é simples: aproveitar que o mundo todo quer operar ações americanas, mesmo quando o fuso horário joga contra. A 24X decidiu que dormir é coisa para os fracos e abriu o mercado pra quem tá acordado do outro lado do globo – especialmente os asiáticos que antes perdiam o timing das notícias.

O mercado americano tem um ritual bem definido desde sempre: ele fecha por 17 horas e meia todo dia. Por quê? Empresas divulgam seus resultados, fusões saíam do forno no final de semana, e todo mundo tinha tempo de digerir as novidades, discutir no café da manhã e então ir pro pregão sabendo o que está acontecendo.

Imaginava-se que investir ficaria cada vez mais calmo, automatizado, eficiente… agora parece que a regra é o oposto: quanto mais adrenalina, melhor. As memes stocks voltaram ao noticiário, as criptos já são mainstream, os ETFs alavancados estão com fluxo. Imagina agora tudo isso potencializado por um mercado 24/7.

De certa forma, o after hours virou o parque de diversões dos investidores noturnos: menos liquidez, mais emoção. O ideal segue sendo operar no horário comercial – com mais liquidez, menos sustos. Mas se é adrenalina que você quer, bem-vindo ao mercado que não dorme (e que pode te deixar acordado também).

PS. dormindo ou não, você sabe que pode esperar o MoneyDrop terça e quinta às 9h. Seus amigos também iam gostar, então pega seu link de indicação e manda pra eles.

TELECOM

Oi: buscando socorro no mercado

A Oi parece aquele amigo que todo réveillon chega com os mesmos planos de mudança de vida. Mas agora o tempo corre contra a gigante da telecom, que vive mais um capítulo conturbado e precisa encontrar alguém para assumir os compromissos que ela criou.

Com uma intervenção judicial e troca de diretoria o futuro parece cada vez mais incerto. A Anatel já disse que outra empresa precisa assumir a Oi – e os R$ 450 milhões de garantias. O Ministério das Comunicações engrossa o coro e defende que quem deve resolver isso é o próprio mercado, não a Telebrás.

Mas quem vai entrar no jogo?

A ideia é que outras operadoras assumam serviços essenciais, como emergências – o governo quer garantir que o 190 não saia do ar – e controle aéreo. O problema: a Oi carrega mais de R$ 20 bi em dívidas, R$ 835 mi de prejuízo no último trimestre e um histórico de recuperação judicial mal resolvido.

A Justiça deu 30 dias pro interventor apresentar um plano de transição. Ex-ministros e especialistas apoiaram a decisão, destacando que a intervenção livra o governo de assumir mais um abacaxi e dá tempo para o mercado reagir.

O ex-presidente da Anatel, Juarez Quadros, resumiu bem: a prioridade agora é garantir que o telefone continue tocando… literalmente. Depois de anos tentando se reerguer, a Oi agora espera uma ligação do próprio mercado.

A dúvida é: quem vai chamar? Ainda mais considerando que ela já caiu 99,76% apenas nos últimos 5 anos.

TEMPORADA DE BALANÇOS

Giro pelos Balanços

BlackRock: segue mostrando por que é a maior gestora de recursos do planeta. No 3T’25, o conglomerado financeiro que administra mais dinheiro do que o PIB da China bateu um novo recorde histórico: US$ 13,46 trilhões em ativos sob gestão. O lucro ajustado também veio forte, alcançando US$ 1,91 bilhão (ou US$ 11,55 por ação), impulsionado por um mercado global em alta e por sua recente maratona de aquisições.

O destaque ficou, mais uma vez, com os ETFs, que continuam sendo o motor de crescimento orgânico da casa, atraindo US$ 171 bilhões em novos aportes. A combinação de juros mais baixos, inflação mais comportada e investidores voltando a preferir estratégias passivas ajudou a transformar o trimestre em um verdadeiro banquete de taxas de administração para Larry Fink e companhia.

  • 🟢 Receita: US$ 6,51 bilhões superando as estimativas em 4%.

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 11,55 x US$ 11,19 esperados.

Goldman Sachs: reportou um salto de 37% no lucro, chegando a US$ 4,1 bilhões, com receita de US$ 15,18 bilhões – superando as estimativas. O motor desse desempenho? O bom e velho investment banking, que viu suas receitas dispararem 42% para US$ 2,66 bilhões, impulsionado por um aumento nas fusões, aquisições e emissões de dívida.

O trading também deu sua contribuição, com a área de renda fixa crescendo 17%, enquanto a de ações ficou um pouco abaixo das expectativas.

  • 🟢 Receita: US$ 15,18 bilhões x US$ 14,1 bilhões esperados

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 12,25 x US$ 11 esperados.

Johnson & Johnson: apresentou resultados sólidos no trimestre, com receita de US$ 24 bilhões, ligeiramente acima das expectativas – com aumento na projeção de vendas para o ano. Mas o que realmente chamou atenção foi o anúncio da separação de sua divisão de ortopedia, um negócio de US$ 9,2 bilhões focado em próteses e equipamentos para coluna, que deve ganhar vida própria.

A ideia é dar mais agilidade às áreas de maior crescimento da J&J, especialmente no setor farmacêutico e de tecnologia médica, enquanto o governo Trump pressiona as farmacêuticas a reduzirem preços nos EUA.

  • 🟢 Receita: US$24 bilhões x US$ 23,7 bilhões esperados

  • 🟢 Lucro por ação: US$2,80 x US$2,77 esperados.

Domino's Pizza: entregou um resultado que deixou o mercado salivando. As ações da empresa subiram, impulsionadas por um trimestre melhor do que o esperado, com lucro por ação de US$ 4,08 (acima dos US$ 3,95 estimados) e vendas nas mesmas lojas nos EUA crescendo 5,2%, superando a projeção de 4,3%. O segredo da receita? Promoções agressivas, a queridinha stuffed crust (aquela borda recheada que ninguém resiste) e a parceria com o DoorDash, que turbinou as entregas.

  • 🟢 Receita: US$ 1,15 bilhão, levemente acima do US$ 1,14 bilhão esperado.

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 4,08 x US$ 3,95 esperados.

STATS DO DIA

US$ 41 bilhões

Foi o quanto os seis maiores bancos americanos lucraram nesse 3T’25, um aumento de 19% em comparação o ano anterior.

Via WSJ

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