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💰 Meta e MSFT voando alto
+ Super Quarta e a manutenção dos juros + H&M no Brasil

Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que apenas a valorização das ações da Meta e da Microsoft ontem, em poucas horas após a apresentação de resultados, representa 2/3 de TODA a bolsa brasileira.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Meta: um trimestre histórico
• Super Quarta: os juros ficam onde estão
• Microsoft: no clube dos US$ 4 tri
• H&M: uma sueca no varejo BR

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, os EUA assinaram de vez o decreto impondo as tarifas de 50% ao Brasil —mas essa regra não teve uma exceção, teve 700. Com isso, e com a postergação de mais uma semana para o início, o mercado se animou e o Ibovespa se valorizou quase 1%. com destaque para Embraer, que subiu +10,93%. O Copom manteve a Selic em 15% e soltou um comunicado mais duro ao final do dia, admitindo uma pequena probabilidade de ter que voltar a subir juros.
Lá fora, o mercado até começou o dia animado, mas as falas do Jerome Powell dizendo que não via nenhum corte de juros no horizonte deu uma esfriada nos investidores – até Meta e Microsoft aquecerem todo mundo de volta com seus reports trimestrais. Nas tarifas, Trump gastou tinta da caneta, implementando 25% para a Índia, 50% para cobre, e fechando acordo com a Coreia do Sul – além de postergar a implementação no Brasil por 7 dias.
VISUAL
META: aniquilando os resultados do T2’25

Não faz nem 3 anos que Zuckerberg anunciou o rebranding do Facebook e sua nova obsessão pelo Metaverso, fazendo com que as ações da empresa despencassem para <$100. Quem achou que era o fim da linha se enganou.
Zuck encontrou novas obsessões (IA, Óculos Inteligentes, etc), as ações da Meta subiram ~600% e ontem chegaram a ~US$ 700. O motivo agora? A Meta esmagou as expectativas dos analistas durante a apresentação de resultados trimestrais.
🟢 Receita Total: US$ 47,52 bilhões, acima dos US$ 44,80 bilhões.
🟢 Lucro líquido: US$ 18,34 bilhões, +36% na comparação anual.
🟢 Lucro por ação: US$ 7,14, bem acima dos US$ 5,92 esperados
Usuários ativos diários: 3,48 bilhões (sim, quase metade da Terra!).
Despesas totais: US$ 27,08 bilhões, alta de 12% em um ano.
Guidance: para o próximo trimestre é de faturar entre US$ 47,5 bilhões e US$ 50,5 bilhões, acima dos US$ 46,2 bilhões esperados.
Se você acha que tá vendo anúncio até quando pensa em abrir o Instagram, deve estar mesmo. Zuck diz que a IA está turbinando o setor de ads da Meta, que faturou US$ 46,56 bilhões.
Aliás, IA ditou muito do report trimestral: os gastos com infra para o setor subiram e devem chegar a US$ 72 bilhões no ano. Isso sem contar as contratações bilionárias para o Superintelligence Labs e os custos de energia, que crescem na mesma escala. Pelo menos essa aposta tem se mostrado mais promissora do que o Metaverso.
O Reality Labs, setor responsável por realidade virtual e aumentada, segue, mais uma vez, no vermelho: US$ 4,53 bilhões de prejuízo no trimestre, com apenas US$ 370 milhões de receita. Mas olhando o copo meio cheio: foi menos pior do que o mercado esperava.
Todo mundo já sabia que o report viria com grande foco em ads e IA, mas os números surpreenderam mesmo assim. O resumo é simples: grana tá entrando, o gasto tá crescendo, e o tio Zuck tá sonhando alto.
O papel fechou ontem caindo -0,68%, mas subia +12% no after-market após a divulgação dos resultados. Antes da abertura do mercado, a empresa estava valendo US$ 1,74 trilhão.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 10 | Compra: 49 | Neutro: 8 | Venda: 0 | Venda Forte: 1
Preço-alvo médio: US$ 756,13 | Preço atual: US$ 695,21
POLÍTICA MONETÁRIA
Super-quarta: os juros ficam onde estão

Super Quarta é dia do mercado prender a respiração pra ver o que os bancos centrais do Brasil e dos EUA vão decidir sobre a taxa básica de juros. A apreensão se justifica: essas decisões têm efeitos diretos sobre o câmbio, o crédito, a inflação e até o humor da economia.
Por aqui, o Copom manteve, de forma unânime, a Selic em 15%, permanecendo no maior patamar desde 2006. A decisão já era amplamente esperada e não trouxe surpresas, mas o mercado ainda tinha aquele fiozinho de esperança por uma surpresa boa.
No comunicado, o Banco Central deixa claro que pretende manter esse freio de mão puxado por um “período bastante prolongado” e deixou a porta entreaberta para novas altas, caso o cenário peça.
O comitê reforçou que segue vigilante, de olho no radar, pronto para recalibrar o GPS da política monetária se for preciso. E mesmo com a economia mostrando sinais de desaceleração e o mercado de trabalho ainda aquecido, o BC não parece com pressa de mexer no ponteiro da Selic.
Lá fora, mesmo com a alta pressão por baixar juros, o Fed manteve a taxa entre 4,25% e 4,50% pela quinta reunião consecutiva. Além da manutenção de agora, Jerome Powell ainda jogou um balde de água fria em quem quer os cortes, dizendo que ainda não tem nenhuma decisão para a próxima reunião.
Se antes era só Trump pressionando com tweets e indiretas, agora dois membros do comitê também votaram por cortar os juros – uma discordância rara e que não acontecia desde 1993. Para eles, o mercado de trabalho está perdendo fôlego e os temidos efeitos inflacionários das tarifas não vieram com tanta força assim.
Com tudo isso, o mercado vai jogando xadrez com dados. As estimativas do mercado são:
SELIC: cortes apenas para o primeiro semestre do ano que vem, com alguns participantes esperando cortes na última reunião do ano, em dezembro.
FedFunds: estimativas de 45% de chance para cortes na próxima reunião de setembro. Menor do que os 63% de ontem, mas ainda com boas apostas de dois cortes até o fim do ano.
PS: desde 2020, das 44 reuniões que o nosso COPOM teve, 22 delas foram junto com o FOMC.
MACRO/AÇÕES
Tarifas: os dois lados, EUA e China, concordaram em estender as tarifas.
Brasil: Lula convoca reunião de emergência com os ministros após Trump assinar a ordem que tarifa o país em 50%.
Fundo Verde: Vinci negocia compra da Verde Asset, com R$ 17 bilhões em custódia.
China: vai dar um subsídio por filho para incentivar a taxa de natalidade.
XP: XP compra participação em escritório que tem R$ 7 bi em ativos.
Bradesco: tem lucro de R$6,06 bilhões no 2T’25, com alta de 28,6% na comparação anual.
Santander: lucro líquido cai no trimestre, mas cresce 9,8% ao ano, dividindo opiniões no mercado.
Starbucks: reportou seu 6º trimestre consecutivo de queda nas vendas nas mesmas lojas.
Qualcomm: tem lucro de US$ 2,66 bilhões, 25% acima do mesmo período do ano passado.
TIM: lucro soma R$976 milhões, com alta de 25% em relação ao ano passado.
Amazon: pagará ao New York Times pelo menos US$ 20 milhões por ano para usar seu conteúdo no treinamento de modelos IA.
Spotify: caiu -11% após a divulgação dos resultados, no seu pior dia em 2 anos.
Embraer: com apoio da American Airlines, que tinha um pedido de 133 jatos, ficou de fora da lista do tarifaço.
Motiva: (ex-CCR), divulgou lucro líquido de R$ 398 milhões, com margem EBITDA de 59,9%.
Yduqs: banco UBS reduz preço-alvo para R$ 20, mas mantém recomendação de compra.
EARNINGS
Microsoft: os resultados do 2T25

A Microsoft acaba de entrar para o super-ultra-seleto grupo das empresas com US$ 4 trilhões de valor de mercado depois de mostrar para o mundo que os sacos de dinheiro estão mesmo no seu setor de serviços
A expectativa era alta, mas a big tech ainda conseguiu superar, entregando lucro e receita acima do esperado e fazendo com que suas ações chegassem a saltar +12% no aftermarket.
🟢 Receita: US$ 76,4 bilhões (vs. US$ 73,8 bi estimados)
🟢 Receita Operacional: US$ 34,32 bilhões (vs. US$ 32,14 bi estimados)
🟢 Lucro por ação: US$ 3,65 (vs. US$ 3,37 esperados)
O braço de “Produtividade e Negócios” – que inclui Office 365, Microsoft Teams, Linkedin e Copilot – bateu as expectativas e chegou a US$ 33,1 bilhões. No braço do Cloud, a empresa revelou que o Azure já faturou US$ 75 bilhões apenas nesse ano fiscal. Mas como toda big tech em 2025, existe um gargalo de infraestrutura para IA.
Só nesse trimestre foram US$ 24,2 bilhões em Capex e a expectativa é de que o ano feche em mais de US$ 120 bilhões.
Desde que Satya Nadella pegou o crachá de CEO, a Microsoft vem mostrando respostas rápidas ao mercado – não é à toa que se manteve relevante e chegou ao valuation de US$ 4 tri. Os investimentos PESADOS em IA são uma prova dessa mentalidade e devem trazer bons frutos para o core business da empresa. Se depender da MSFT, o futuro do trabalho vai rodar na nuvem, com muito Excel e um assistente virtual.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 13 | Compra: 40 | Neutro: 5 | Venda: 0
Preço-alvo médio: US$ 549,90 | Preço atual: US$ 513,17
VAREJO
Fashion War: H&M entra na passarela BR

A sueca H&M finalmente tirou visto e pousou em terras brasileiras, com direito a lançamento de e-commerce e abertura de duas lojas físicas no mês que vem. Mas será que ela já chega tirando vendas das queridinhas nacionais? Segundo o Santander, a resposta é “ainda não” – acreditando que as duas lojas iniciais da H&M equivalem a menos de 0,1% da área de vendas da Renner, por exemplo.
A grande barreira 🧱 Os preços dos looks da H&M devem chegar até 40% mais altos do que a média dos vistos em Renner, C&A, Riachuelo e afins. | A forma de quebrá-la 🔨 A ideia da H&M é produzir parte das peças localmente para deixar os preços mais competitivos – algo que outras gringas não fizeram quando vieram. |
O valor de mercado da H&M chega a ser inúmeras vezes maior que as das nossas varejistas:
H&M: R$ 124,17 bilhões (SEK 217,82 bi)
Lojas Renner: R$ 16,93 bilhões.
C&A: R$ 4,99 bilhões.
Riachuelo: R$ 3,87 bilhões.
A chegada da H&M não vai virar o jogo em 2025, mas pode mudar as regras para os próximos anos. Com seu know-how global, a marca pode ajudar a acelerar a renovação do setor: lojas mais enxutas, coleções que mudam rápido e um e-commerce que conversa com o físico desde o primeiro clique.
Pode ser o início de uma nova era pro varejo de moda brasileiro. E quem ganha com mais competição? O consumidor, claro — com mais opção na vitrine e (com sorte) preços mais camaradas.
STATS DO DIA
US$ 12 bilhões
é a receita anual esperada para a OpenAI – dobrando os números nos sete primeiros meses do ano. Já são 700 milhões de usuários e agora a startup foca em captar recursos para expansão de infraestrutura – os mesmos passos de Meta e Microsoft, que você viu na edição de hoje.
Via Reuters
INDIQUE O DROP
Super-terça e super-quinta
Algumas vezes por ano, os bancos centrais anunciam suas políticas monetárias nas Super-Quartas. Aqui no MoneyDrop a gente não decide os juros de lugar nenhum, mas trazemos sempre as informações mais relevantes direto para a sua caixa de entrada. Todas as terças e quintas. Se você gosta do nosso conteúdo, pega seu link de indicação aqui e manda pra todo mundo.

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