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💰 O maior IPO do ano
+ PETR4 com lucro e dívida bilionários + os buybacks a todo vapor

Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que empresas aéreas rolando dívidas é como abastecer o carro apenas para chegar ao próximo posto.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
◯ Petrobras: lucro bilionário, dívida também
◯ CATL: o maior IPO do mundo no ano
◯ Gol: tentando sair da crise
◯ Buyback: recomprando ações como nunca!

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa até que tentou, mas não conseguiu acompanhar o clima positivo do mercado americano. Depois dos futuros abrirem em gap de alta de quase +1,50%, o índice entregou tudo e fechou perto da estabilidade. Já no dólar, a percepção da valorização foi por motivos externos: com o alívio nas tensões geopolíticas, uma parte do fluxo que saiu nas últimas semanas, está voltando para o país.
Lá fora, após negociações na Suíça no último sábado, EUA e a China chegaram a um acordo em relação à redução das tarifas por pelo menos 90 dias. Os EUA estão reduzindo as tarifas pra China de 145% para 30%, enquanto a China está reduzindo as do EUA de 125% para 10%. Com a trégua, as bolsas americanas subiram forte e recuperaram as quedas do ano, o ouro despencou com a diminuição do risco e as commodities voltaram a ganhar força com o risco de recessão cada vez menor. Hoje temos dados da inflação americana, CPI, saindo às 09:30.
EARNINGS
Petrobras 1T25: lucro bilionário, dívida também.

Depois de um fim de 2024 com prejuízo bilionário, a Petrobras deu a volta por cima e lucrou R$ 35,2 bilhões no 1º trimestre de 2025 — uma alta de 48,6% na comparação anual. O resultado superou as projeções do mercado e veio embalado por aumento de produção, valorização do real e vendas externas fortes.
O desempenho do trimestre reflete um alinhamento entre fatores macro e decisões estratégicas:
Câmbio favorável: o real valorizou 7% frente ao dólar, impactando positivamente o resultado financeiro (+R$ 10,6 bilhões).
Produção em alta: com alta de 5,4% frente ao 4T24, a produção média foi de 2,77 milhões de barris por dia, puxada pelo pré-sal.
Geração de caixa sólida: o fluxo de caixa operacional chegou a R$ 49,3 bilhões; o EBITDA ajustado foi de R$ 61 bilhões.
Investimentos estratégicos: Capex de R$ 23,7 bilhões focado em projetos como Búzios e Atapu.
Dividendos mantidos: R$ 11,7 bilhões serão distribuídos, em linha com a política que prevê retorno de até 45% do fluxo de caixa livre.
Apesar dos números robustos, a dívida bruta subiu para US$ 64,5 bilhões (+6,9% em relação ao trimestre anterior), influenciada por novos contratos de plataformas. A alavancagem medida pela relação dívida líquida/EBITDA passou de 1,29x para 1,45x.
O lucro veio forte, mas o mercado quer mais que resultados pontuais. A elevação da dívida em meio à continuidade de altos dividendos levanta dúvidas sobre a sustentabilidade do modelo.
Para investidores, o cenário exige cautela: a Petrobras continua gerando valor, mas depende de fatores externos como o câmbio e o preço do petróleo, além da disciplina na gestão do endividamento e execução dos projetos do pré-sal.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 5 | Compra: 7 | Neutro: 4 | Desempenho baixo: 1
Preço-alvo médio: R$ 44,26 | Preço-atual: R$ 31,65
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IPO
CATL: O maior IPO do mundo no ano

A maior estreia na bolsa do ano pode estar prestes a acontecer… O palco? Hong Kong. A protagonista? CATL, a chinesa que é líder global na produção de baterias para carros elétricos. O cachê? Pode chegar a US$ 5,3 bilhões.
Se o mundo adotar cada vez mais carros elétricos, a corrida pelo domínio de baterias chega a ser uma reedição da guerra das refinadoras de petróleo no século XX. E isso deixa bem evidente o motivo pelo qual o IPO da CATL está tão badalado.
Nessa semana a CATL começou a aceitar pedidos de investidores para a oferta de ações e a procura já foi alta o suficiente pra deixar o mercado animado. Mais de 20 investidores âncoras – liderados pela Sinopec, o fundo soberano do Kuwai e a gestora Hillhouse – subscreveram a compra de cerca de US$ 2,62 bilhões em ações da CATL.
Confere os dados da oferta:
117,9 milhões de ações serão ofertadas;
Um lote suplementar pode fazer o volume chegar a 156 milhões;
O preço de cada papel pode chegar a US$ 33,60 — HK$ 263 cada.
O preço será fixado essa semana e o anúncio final já está marcado para o dia 19 de maio.
Mas nem tudo são flores de lítio. A empresa foi incluída numa lista do Pentágono por supostas ligações com o exército chinês – algo que a CATL nega com veemência, Verdade ou não, o fato que isso causa algumas restrições: nada de investidores onshore dos EUA.
A CATL já é líder de mercado com 37,9%, seguida pela BYD com 17,2%. Mas com a possível injeção de capital levantado no IPO, os planos de domínio global ganham força - e já incluem uma mega fábrica na Hungria para pilhar as gigantes europeias como a Mercedes-Benz.
NEGÓCIOS
GOL: não tão pronta para decolagem

A Gol está em pleno voo de resgate e com combustível contadíssimo – com dívidas de cerca de US$ 20 bilhões e ainda sofrendo impactos da pandemia de Covid. O plano para sair da turbulência é aprovar um aumento de capital de R$19,2 bilhões e rezar por tempos melhores.
O plano é simples, pelo menos no papel: transformar dívida em ação. A empresa quer emitir trilhões (sim, trilhões!) de ações a preços simbólicos — algo como R$ 0,00028 por ação ordinária.
Mas para a jogada acontecer é preciso de um alinhamento de planetas fatores:
A recuperação judicial (Chapter 11) que a Gol pediu nos EUA seja aprovada pela justiça americana até o final de maio;
Os acionistas aprovem a medida em assembleia marcada para o dia 30 desse mês.
Até aqui, a Gol já tirou uma das maiores pedras do caminho: fechou um acordo com a Whitebox Advisors, que representa boa parte dos credores com bonds vencendo em 2024. Isso elimina um dos principais obstáculos para a aprovação da reestruturação e pavimenta a pista para que o pouso do Chapter 11 aconteça — possivelmente ainda em junho.
Só que o tempo é inimigo. A empresa precisa levantar os US$ 525 milhões restantes até o dia 20 de maio. Caso contrário, a audiência marcada em Nova York pode virar mais um daqueles voos cancelados e empurrar a decisão pro segundo semestre — e jogando mais incerteza no radar.
Nem todo o céu é nebuloso
Para tentar acalmar o mercado e mostrar que o avião ainda voa, a Gol soltou uma prévia dos resultados do 1º tri antes da data oficial de divulgação – que acontece já no dia 15. Não é um saldo perfeito, mas mostra que os motores estão ligados e funcionando:
Receita estimada: R$ 5,6 bilhões, com alta de 18% na comparação anual;
EBITDA: R$ 1,54 bilhão, também com crescimento de 18%;
Margem EBITDA: 27,3%, queda de 0,7 pontos percentuais;
Taxa de ocupação dos voos: 83,5%.
Com previsão de receita anual entre R$ 22,1 bilhões e R$ 22,7 bilhões, e EBITDA chegando a R$ 5,9 bilhões, a Gol quer mostrar que tem tudo para sair dessa turbulência e voar alto de novo — mas antes, precisa garantir que o plano de reestruturação não vire fumaça.
Será que a empresa vai conseguir levantar voo sem escalas, com direito a aplausos na aterrissagem?
MACRO/AÇÕES
CVM: determinou em abril que Eike Batista parasse de oferecer a cripto $EIKE para investidores brasileiros. A ordem foi cumprida e agora a CVM arquiva o caso.
Café: sobe 80,2% em 12 meses e acumula a maior inflação desde o início do Plano Real.
Grupo SBF: dona da Centauro tem lucro de R$ 67,5 milhões no 1T25.
Banco Inter: reporta ROE de 12,9% e lucro líquido de R$ 287 milhões, abaixo do consenso.
Telefônica Brasil: lucra R$ 1,1 bilhão no 1T25, em alta de 18,1%.
Yduqs: Lucro Líquido deve ficar entre R$ 1,70 e R$ 2,00 por ação.
Nissan: cortes de empregos dobram para 20 mil.
AÇÕES ESTRATÉGICAS
Buyback: recomprando ações como nunca!

via Fortune
Algumas das gigantes dos EUA estão abrindo a carteira – e os cofres – para recomprar suas próprias ações. Só em abril, o processo de buybacks somou a impressionante marca de US$ 233,8 bilhões, tornando-se o segundo maior volume mensal desde 1984.
Como funciona? Programa de recompra é quando uma empresa de capital aberto decide comprar de volta suas próprias ações em circulação. O conselho de administração aprova o plano, definindo quantidade, prazo e o destino dos papéis — como manter em tesouraria, cancelar ou usar em planos de remuneração.
O objetivo principal desse tipo de iniciativa é duplo: dar uma moral para as ações em tempos de instabilidade e retornar valor ao acionista. Mas pode ser também um paraquedas para tempos de turbulência – sendo acionado para proteger o preço da ação ao reduzir o número de papéis no mercado.
O lado positivo: recompras em geral são um sinal de confiança da empresa com o próprio resultado que ela pode oferecer no futuro.
O lado negativo: também podem indicar falta de ideias melhores para investir em inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Algumas das maiores empresas da S&P 500 abriram recompras durante a temporada de balanços do primeiro trimestre, contribuindo bastante para o volume histórico e para a projeção de US$ 1 trilhão até o final de 2025:
Apple: US$ 110 bilhões (maior buyback da história dos EUA);
Alphabet (Google): US$ 70 bilhões;
Nvidia: US$ 50 bilhões;
Wells Fargo: US$ 40 bilhões;
3M: US$ 7,5 bilhões.
O Buyback no BR
Os motivos da recompra em todo o mundo são os mesmos, então isso vale também para o Brasil – com o adendo de que por aqui os valuations estão, historicamente, mais baratos. O somatório do programa de recompra em aberto pelas empresas brasileiras chegou a R$ 89 bilhões – totalizando 112 programas de empresas diferentes, com os destaques:
B3: até 380 milhões de ações ordinárias, totalizando cerca de R$ 5,2 bilhões;
Itaú: até 200 milhões de ações ordinárias, totaliza
Copel: Programa de até 129.974.359 ações ordinárias e até 167.933.529 PNB, totalizando cerca de R$ 3 bilhões.
Ambev: até 174 milhões de ações, totalizando cerca de R$ 2,5 bilhões.
Tanto lá quanto aqui, é claro que o buyback sozinho não salva vidas bolsas, mas ajuda a proteger o mercado em momentos de instabilidade geral. No fim das contas, pode até não ser uma solução definitiva... mas ninguém reclama de um empurrãozinho para a frente quando os ventos estão incertos.
STATS DO DIA
US$ 608 bilhões
Foi o volume das IPOs globais em 2021 – ano do recorde histórico. Para 2025 a expectativa é de menos de US$ 50 bi.
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