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💰 Ibov e a "máxima histórica"

+ poison pill + estagflação à espreita

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Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que cada máxima histórica é um lembrete de que o mercado tem memória curta e esperança longa.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Eletrobras vende térmicas, mas lucro evapora
• Ibovespa: máxima histórica tem espaço para mais
• Poison Pill: o veneno está à solta na bolsa
• Estagflação: o perigo está à espreita

Dropped by Igor Chede Collaço, Renan Hamann e Matheus Novaes

Giro Pelo Mercado

Por aqui, não dá pra renovar máximas todo dia né? Depois de bater a máxima histórica na terça, ontem o Ibovespa entrou em modo “realização de lucros”, caindo -0,39% e viu o dólar se valorizando. Dos 87 papéis do Ibovespa, 52 fecharam em queda. Hoje temos a divulgação das vendas do varejo e os resultados corporativos de BRF, Cosan, Cyrela e Marfrig.

Lá fora, os índices fecharam em direções opostas, com a Nasdaq performando bem, com as Mag-7 voltando a fazer jus ao seu nome, mas o Dow Jones caiu e o S&P fechou praticamente na estabilidade. O destaque do pregão foi para a alta das Treasuries, principalmente as mais longas, em que a de 10 anos subiu +1,59%. Com a dissipação do risco, o ouro continuou caindo e agora está na mínima dos últimos 30 dias.

EARNINGS

Eletrobras vende térmicas, mas lucro evapora

Depois de registrar lucro de R$ 447 milhões no T1 do ano passado, a Eletrobras (ELET3) começa 2025 com um prejuízo de R$ 81 milhões no mesmo período. Essa não-pequena diferença de R$ 528 milhões se deu, principalmente, pela reversão de uma de suas principais subsidiárias.

  • Prejuízo líquido: R$ 81 milhões

  • EBITDA ajustado: R$ 4,41 bi (-2,5% se comparado com 1T24, e -5,5% se comparado com 4T24)

  • Receita bruta: R$ 12,22 bi (+15,6% em relação ao 1T24, e -12,2% em relação ao 4T24)

  • Energia comprada para revenda: R$ 1,56 bi (+111,6% vs 1T24)

Mesmo com o recuo de 2,5% no EBITDA, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, a empresa avançou em sua estratégia. Os destaques ficaram com a entrada do caixa de R$ 2,9 bi (proveniente da venda parcial de térmicas para o grupo J&F) e com a conclusão do Parque Eólico Coxilha Negra – reforçando o foco em energia renovável.

A crescente da demanda de energia é refletida nos earnings na Eletrobras, que viu crescimento de 10,3% na receita regulatória de geração, principalmente em função das vendas em ambiente de contratação livre. Mesmo com maior dívida líquida (R$ 39,27 bi), a alavancagem segue sob controle (1,7x EBITDA).

Recomendações de analistas:

  • Compra: 6 | Neutro: 2 | Venda: 0

  • Preço-alvo médio: R$ 53,04 | Preço-atual: R$ 43,18

BOLSA

Máximas histórica com espaço para mais

“Não tá morto quem peleia”! O Ibovespa, que andava jururu, se animou, sacudiu a poeira e bateu a máxima histórica nessa terça-feira, chegando aos 139.419 mil pontos pela primeira vez na história – e fechando no seu maior patamar: 138.963 pontos.

Subindo 15,08% no ano, o Ibovespa viu seu topo máximo ser alcançado graças à performance do setor financeiro:

  • Itaú: o terceiro maior peso (7,9%. de todo o volume) do Ibovespa sobe quase 40% no ano e, sozinho, adicionou 2,7% à performance do índice.

  • B3: A dona da festa bolsa sobe 43% no ano. Com 3,5% de peso, entregou de bandeja mais 1,8% ao índice.

  • Bradesco: subindo 37% no ano e representando 4,4% do índice, trouxe 1,1% para a conta.

Mas, como sempre, tem aquele pessoal que chega na festa com cara de segunda-feira. O maior estraga-prazeres do rolê foi a Petrobras: com seus robustos 10,7% de peso no índice, caiu -11% no ano e tirou -1,3% do Ibovespa.

Mas… será que estamos mesmo nas máximas?

Nominalmente, sim. Mas quando a gente coloca uma lente de aumento e olha sob outras perspectivas, o recorde começa a parecer mais simbólico do que real.

  • Em dólar: pelo EWZ, mesmo com alta de 25% no ano o IBOV ainda segue bem abaixo da máxima histórica de maio de 2008 (28,20, contra 102,83).

  • Em múltiplos: hoje o múltiplo de 8,5x P/L está longe dos 20x de 2021, 17,5x de 2017 e 15,5x de 2008.

  • Inflação: acumulando 36,77% desde 2020, exigiria que o índice estivesse em 158 mil pontos para um “recorde corrigido”.

Longe de essas visões significarem pessimismo, elas apenas mostram que a jornada ainda tem chão a ser percorrido – apesar de os bonés de 140k já estarem sendo fabricados na Faria Lima.

P.S: 22 empresas do índice Ibovespa se encontram nas suas máximas - cerca de ¼ do índice, que possui 87 papéis.

Qual o seu sentimento com o Ibovespa para o resto do ano?

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DROP BY PAYTRACK

Como voar sem ver a grana voar junto

Você sabia que, só em 2024, o Brasil movimentou mais de R$ 13 bilhões com viagens corporativas? E que 60% disso foi só em passagens aéreas? Imagina o quanto daria pra economizar se todo voo fosse comprado na hora em que o preço está mais baixo.

Ainda não dá pra mudar o país inteiro — mas dá pra mudar o quanto a sua empresa está gastando.

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POISON PILL

O veneno está à solta na bolsa

O Brasil é o país das novelas na TV e na Faria Lima também. E os episódios da B3 vêm acompanhados de suspense, brigas familiares e a poison pill como protagonista. O núcleo da vez é da Enjoei, que viu seus acionistas aprovarem o “veneno” no começo da semana.

O poison pill já existia, o que o muda é o valor da caixinha. Agora, se um investidor passar dos 15% do capital da empresa, precisa fazer uma OPA pagando o dobro do maior preço da ação nos últimos dois anos.

Poison Pill: uma cláusula no estatuto que, em teoria, protege investidores: se alguém quiser comprar uma fatia relevante da empresa, precisa fazer uma OPA para todos os acionistas — o que encarece (e dificulta) aquisições hostis.

OPA: a oferta pública de aquisição, é quando o comprador interessado (ou forçado) faz uma oferta aos acionistas para comprar as ações restantes da empresa a um preço pré-definido e tomar o controle da mesma.

A Enjoei está longe de ser a primeira a usar o sistema e olha para o mercado sabendo que o roteiro dessas novelas também têm intrigas e reviravoltas:

  • GetNinjas: protagonizou a primeira OPA da história da B3. A Reag, que já tinha cerca de 33% das ações, lançou a oferta e saiu com o controle: agora tem ~66% da empresa.

  • Oncoclínicas: a Centaurus Capital chegou a 30% de participação — o dobro do gatilho para a OPA, segundo o estatuto. Mas até agora, nada.

  • Toky: os fundadores da Tok&Stok tentaram reassumir o controle via OPA, mas a administração e o conselho bateram o pé. O caso foi parar no Cade, Justiça e CVM… e segue aguardando montagem.

  • Ambipar: entrou na mira da CVM após movimentações entre o fundador e o controlador, que irão ter que se enquadrar no percentual permitido ou protocolar uma OPA para garantir condições iguais aos minoritários.

  • Casas Bahia: depois das movimentações de aumento de participação do investidor Rafael Ferri, a empresa quer incluir o poison pill no seu estatuto, que hoje só prevê as questões do tag along.

Já que a pílula envenenada é uma cláusula do estatuto e não uma lei, tem investidor que chega até os 14,9% e fica só de olho, pra não ativar a armadilha. Enquanto isso, a CVM faz o que dá: tenta arbitrar com estrutura limitada e prazos que nem sempre acompanham o ritmo do mercado.

MACRO/AÇÕES
  • CPI: índice de inflação americano vai para 2,3% nos últimos 12 meses, abaixo do esperado e menor patamar dos últimos 4 anos.

  • Azul: lidera as perdas no ano, caindo -66,10%. Só ontem caiu -16,08% após divulgação do balanço que não agradou o mercado.

  • Serena: OPA em R$ 11,74 por ação foi oferecida.

  • Sabesp: planeja emitir títulos nos Estados Unidos e mira grau de investimento.

  • Eneva: tem maior EBITDA da história, mas lucro vem abaixo das expectativas.

  • Nvidia: ultrapassa a Apple em valor de mercado e se torna a segunda empresa mais valiosa dos Estados Unidos, atrás apenas da Microsoft.

  • Hapvida: subiu 13,19% depois dos resultados do 1T25, com melhora na judicialização e geração de caixa.

  • CRI*: pra quem ama renda fixa, render mais que CDI é música para os ouvidos. Se esse é seu caso, confira os ativos CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) do PeerBR. São opções com vencimento a partir de fevereiro de 2027, rendimento previsto de CDI + 6,5% ao ano, recompra garantida de 100% e regulação pela CVM. Clique aqui para saber mais.

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ECONOMIA

A estagflação mora ao lado

Imagine uma economia que não vai nem pra frente, nem pra trás — e, pra piorar, tudo começa a ficar mais caro. Pois é exatamente isso que os economistas chamam de estagflação, esse bicho-papão da macroeconomia que ninguém quer ver de perto, mas que anda rondando os gráficos e planilhas por aí.

Desde que a guerra comercial passou a esquentar, dois alarmes tocaram:

  • Previsões de crescimento começaram a murchar;

  • Expectativas de inflação deram aquela acelerada.

Traduzindo: crescimento fraco + preços em alta = estagflação. O terceiro ingrediente da receita seria o desemprego, mas isso ainda não apareceu – EUA seguem com uma taxa de 4,2%, que é até bem razoável.

Nos mercados, estagflação é sinônimo de encrenca: juros altos travam o crédito e sufocam o consumo, enquanto o crescimento baixo espanta os investidores.

No lado da política econômica também há um impasse: se o governo corta juros, a inflação dispara. Se sobe os juros pra controlar os preços, freia o crescimento.

Esse cenário também pode explicar o aumento nas apostas “short” — ou seja, gente operando vendida contra ações do Russell 2000, índice que reúne 2 mil empresas de menor valor de mercado (as famosas small caps). O nível de short por lá já supera o pico da pandemia e até o surto inflacionário de 2022.

Embora seja raro, quando esse fenômeno aparece, ele representa um baita desafio para as autoridades, para os mercados e, é claro, para o bolso da população.

STATS DO DIA

O consumo de energia dos data centers em 2025 deve ser igual ao consumo do Brasil inteiro: 500 terawatt-hora.

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