Drop é um oferecimento de

Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que se o Google perder o Chrome, será que vai ter que usar o Edge pra baixar outro navegador?

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa retomou os 135 mil pontos, no embalo da melhora global graças aos acordos dos EUA com Japão e União Europeia. As blue chips impulsionaram o índice, com destaque para Petrobrás (+2,04%) e os bancos, como o Banco do Brasil que teve a primeira alta em dias (+1,61%). Na outra ponta, WEG caiu -8,01% depois de decepcionar na divulgação de seus resultados. O real foi a melhor moeda entre as 30 mais líquidas, se afastando da casa dos 5,60 e caindo -0,80%.

Lá fora, o S&P renovou sua máxima pela 12ª vez no ano, batendo pela primeira na marca dos 6350 pontos. Nasdaq também foi no embalo e alcançou máxima histórica, chegando pela primeira vez acima dos 12 mil pontos. Hoje ainda temos divulgações de Nokia, Intel e American Airlines.

EARNINGS

Alphabet: resultados do 2T2025

Apesar das previsões apocalípticas de que as buscas estão sendo substituídas por IA e de que a máquina de imprimir ads dinheiro do Google vai desaparecer... A Alphabet divulgou os resultados do segundo trimestre do ano e contrariou a expectativa dos pessimistas ao apresentar lucro e receita acima do esperado.

O CEO Sundar Pichai reforçou que a IA não é sua inimiga, é sua aliada. Mas o crescimento da receita fica mesmo nos dois dígitos de Search e no crescimento sólido de Cloud – que aumenta receita, lucro e backlog. Os números:

• X: Lucro por ação (ajustado): US$ 2,31 (vs. US$ 2,17 esperados)

• X: Receita total: US$ 96,4 bi (vs. US$ 94 bi esperados)

• X: Receita com anúncios: US$ 71,3 bi (vs. US$ 69,6 bi esperados)

• X: YouTube: US$ 9,8 bi (vs. US$ 9,5 bi esperados)

• X: Google Cloud: US$ 13,6 bi (vs. US$ 13,1 bi esperados)

Mas no sapato do Google tem duas pedras: (i) só em infra pra IA a empresa vai investir cerca de US$ 85 bilhões ainda este ano; (ii) o juiz do processo antitruste nos EUA decidiu que a empresa violou leis ao sufocar concorrentes nos mercados de busca online e anúncios. E os encerramentos mais prováveis são:

• O fim dos acordos que tornam o Google o buscador padrão em aparelhos.

• Obrigar a venda do Chrome. 

O cerco regulatório está apertando e pode virar uma bela pedra no caminho, mas por enquanto os números seguem respirando bem. E o Google segue acelerando como se fosse 2011 outra vez — só que agora com a inteligência artificial no volante e um juiz colado no retrovisor.

A ação estava subindo +3,42% no pré-mercado.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 13 | Compra: 44 | Neutro: 12 | Venda: 0 | Venda Forte: 0

Preço-alvo médio: US$ 205,96 | Preço atual: US$ 191,51

AÇÕES

Memestocks: do Reddit para as bolsas

O que uma vendedora de rosquinhas (Krispy Kreme), uma plataforma de compra de casas (Opendoor Technologies), uma fintech de hipotecas (Rocket Companies) e uma loja de departamento (Kohl’s) têm em comum? Quase nada, além de terem ganhado o status de memestock nas últimas semanas, caído nas graças dos traders hiperativos do Reddit e verem suas ações dispararem sem mexer um dedo.

E os números são dignos do histórico das memes:

• Opendoor: viu seu volume no mercado de opções aumentar 12x;

• Rocket: teve um aumento de 6x no volume de negociações;

• Kohl’s: também virou “trending stock” e subiu 10x;

• Krispy: ainda mais frenética, cresceu o volume em 33x.

Desde a saga de GameStop em 2021, quando traders de varejo declararam guerra aos tubarões de Wall Street, a caça ao próximo meme stock virou quase esporte olímpico. O padrão ainda se repete: empresas cambaleando com rumores de falência; apostas contra hedge funds e apelo nostálgico.

O que muda é que o frenesi agora vem e vai num piscar de olhos. Na segunda, a Opendoor negociou 298% do seu valor — mais que a Meta — após um post otimista no Reddit. A ação disparou, mas já caiu 52% desde o topo.

A dúvida agora é se os DORKs vão durar mais que um meme no Twitter.

PS: 14 empresas do índice Russell 3000 triplicaram de valor desde abril. Detalhe: 10 delas sequer dão lucro.

IA

Menos sorte! Mais decisão…

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MACRO/AÇÕES

• FED: Bessent, Secretário do Tesouro, não vê motivos para saída de Jerome Powell.

• Bolsa Família: tem o menor número de beneficiários desde 2022.

• Petróleo: estoques dos EUA caem mais que o esperado.

• Pix: BC comunica vazamento de chaves devido a acessos ao sistema do CNJ.

• Ethereum: completa um ano do surgimento do primeiro ETF, que já bateu US$ 15,7 bilhões em custódia.

• Unipar: capta R$ 900 milhões, na maior emissão da sua história.

• TSMC: entra pro seleto grupo das empresas trilionárias.

• Banco do Brasil: deve pagar menos dividendos, segundo analistas do BofA.

• Klabin: paralisa fábrica no interior de SP.

• Oi: justiça bloqueou o pacote de R$ 199 milhões aprovado pela empresa para pagar diretores e conselheiros.

• Vale: produção de minério cresce 3,7%, em 83,6 milhões de toneladas.

• WEG: anuncia receita e lucros recordes para o período, mas mesmo assim o papel sofre queda de -8,01%.

VEÍCULOS

Tesla: resultados do 2T2025

Com mais um trimestre perdendo espaço para os carros chineses ao redor do mundo e vendo o seu CEO perder a amizade mais importante que tinha, a Tesla divulgou o resultado do segundo trimestre com o freio de mão puxado. Foi instantâneo: o mercado ligou o pisca-alerta e fez a empresa cair -5,97% no pré-market.

Os números:

• X: Lucro por ação (ajustado): US$ 0,40 (vs. US$ 0,42 esperados)

• X: Lucro operacional: US$ 923 mi (bem abaixo dos US$ 1,23 bi esperados)

• X: Receita: US$ 22,5 bilhões (abaixo dos US$ 22,64 bilhões)

• X: Carros entregues: 384.122 (queda de 13,5% no ano).

O resto do ano tem vários desafios. A “Big Beautiful Bill” de Trump retirou incentivos fiscais para carros elétricos (causando aumento no preço final para os consumidores) e também levou a quedas no faturamento de créditos regulatórios. Há temores de que a Tesla não consiga atender a todos os pedidos nos EUA já em agosto.

Entre promessas e tentativas, a verdade é que a montadora tem a pior performance no ano entre as Mag-7 e está muito longe de entregar o crescimento de 20-30% que o Musk previa no início do ano. Enquanto S&P e Nasdaq renovam máximas, Tesla cai -17,65% no ano usando as tarifas como bengala.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 6 | Compra: 14 | Neutro: 17 | Venda: 7 | Venda Forte: 3

Preço-alvo médio: US$ 305,05 | Preço atual: US$ 332,56

PS: Com tudo isso acontecendo, Elon Musk ainda achou tempo para inaugurar o 1° restaurante da Tesla, em Hollywood.

ÍNDICES

Ações BR no aquecimento

Agosto nem chegou direito e o mercado já está com os olhos grudados no calendário: no dia 7 a MSCI (que comanda alguns dos índices financeiros mais quentes do mundo) vai anunciar as mudanças nos seus índices globais — incluindo o queridíssimo MSCI Brazil.

A entrada (ou saída) de uma ação no MSCI Brazil sempre balança o mercado. Fundos que replicam o índice precisam rebalancear suas carteiras, o que gera fluxo real de compra e venda:

• Entrou? É comum a ação subir antes mesmo da data oficial, com investidores se antecipando ao fluxo.

• Saiu? Talvez ter o paraquedas em dia pode ser bom porque a pressão vendedora costuma ser forte.

Segundo a XP, a estrela da próxima janela de transferências pode ser a Stone Co. (STNE). A fintech já superou os critérios de valor de mercado ajustado pelo free float, o que a coloca como forte candidata à inclusão no índice. Hoje, a empresa tem o fluxo estimado em US$ 407 milhões.

Além dela, outras 5 estão ali na beirada, flertando com os critérios exigidos e torcendo pro dólar dar uma forcinha e seus fluxos estimados:

• PagBank (PAGS): US$ 286,4 milhões

• Lojas Renner (LREN3): US$ 249,6 milhões

• Inter (INBR32): US$ 247,2 milhões

• Hapvida (HAPV3): US$ 196,9 milhões

• Porto Seguro (PSSA3): US$ 188,5 milhões

O movimento de rebalanceamento não é garantia de valorização, mas costuma gerar volatilidade e deixar investidores apreensivos.

STATS DO DIA