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Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que Zuck pode investir bilhões (e mais bilhões) pra treinar a superinteligência… Mas ainda não criou uma IA que evite impostos.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Meta: um trimestre dos sonhos
• Nubank: a empresa mais valiosa do Brasil
• Google: acima das nuvens
Cat bonds: apostando contra o fim do mundo

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann
GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa vai pedir música no Fantástico depois de três pregões seguidos renovando as máximas, chegando a bater 149 mil pontos no intraday de ontem. O empurrãozinho nada sutil veio da Vale e do setor financeiro, que tiveram dias pra deixar os investidores sorrindo à toa. O índice já sobe 23,5% no ano.

Lá fora, o dia foi de montanha-russa muita movimentação, com a reunião do FOMC, que decidiu por cortar juros novamente – em 0,25%, pela segunda vez no ano. A decisão surpreendeu um total de 0 pessoas, mas as falas de Jerome Powell foram mais inesperadas: enquanto o mercado contava com mais um corte em dezembro, ele disse que isso ainda não está decidido.

VISUAL

Meta: um trimestre dos sonhos

Sabe como é possível bater todas as expectativas, aumentar guidance e ainda assim cair 9% no after-market? Para a Meta, a resposta para isso está na previsão de aumentar ainda mais os custos com infra… Mas também num gasto de ~US$ 16 bilhões com impostos – e, ao contrário da Netflix, nesse caso nem foi culpa do Brasil.

A cobrança veio da famosa One Big Beautiful Bill, de Donald Trump, que gerou uma cobrança única de imposto de renda. Apesar do golpe, a Meta espera que a medida reduza significativamente seus impostos a partir de agora.

Os números do trimestre:

  • 🟢 Receita: US$ 51,24 bilhões x US$ 49,41 bilhões esperados

  • 🟢 Publicidade: US$ 50,8 bilhões x US$ 48,5 bilhões esperados

  • 🟢 Lucro por ação (ajustado): US$ 7,25 x US$ 6,69 esperados

A receita subiu 26% em relação ao ano passado e a empresa ainda espera mais crescimento para o quarto trimestre, que pode chegar a US$ 59 bilhões. Mas quem também sobe são as despesas, que devem atingir ~US$ 118 bilhões no ano – com até US$ 72 bilhões só em Capex, impulsionado pela infra de IA.

Durante a teleconferência, Zuck explicou que os gastos bilionários da Meta neste ano partem do plano de turbinar sua nova divisão de IA, agora batizada de Superintelligence Labs (porque “Inteligência Artificial” soava modesto demais).

Tem quem fale em bolha, mas Zuck jura que o risco compensa. A Meta está levantando data centers monstruosos, prontos pra entregar um poder de processamento digno de ficção científica. E isso é só o começo, porque a empresa vai precisar de ainda mais força bruta do que o previsto.

Mas relaxa: não é gasto, é “investimento que paga dividendos lá na frente” (palavras dele, não do drop).

PS: a Meta alcançou 3,54 bilhões de usuários ativos diários.

PS2: a divisão de hardware Reality Labs (que faz os headsets de VR e os óculos inteligentes) registrou prejuízo de US$ 4,4 bilhões, com apenas US$ 470 milhões em vendas.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 9 | Compra: 50 | Neutro: 8 | Venda forte: 1

Preço-alvo médio: US$ 868,31 | Preço atual: US$ 751,67

MACRO/AÇÕES
  • Previ: maior fundo de pensão do Brasil já vendeu R$19 bilhões em ações no ano.

  • FOMC: BC americano decide cortar as taxas de juros em 0,25%.

  • Capex: gastos de Amazon, Alphabet, Microsoft, Meta e Oracle deve bater acima de US$ 350 bilhões.

  • Microsoft: apesar dos resultados, ações caem devido à previsão de aumento no crescimento dos gastos neste ano.

  • Visa: a gigante dos pagamentos entrega resultado acima das expectativas.

  • Paypal: bate as estimativas e aumenta seu guidance.

  • Brava: JPMorgan aumenta sua participação para 5,15%.

  • Bradesco: entrega um trimestre com melhora nos resultados, com ROE batendo 14,7%.

  • Santander: entrega acima das estimativas ao reportar um lucro de R$ 4 bilhões.

BRASIL

Nubank: a empresa mais valiosa do Brasil

O mercado brasileiro tem um novo xerife: o Nubank. O roxinho simplesmente ultrapassou a Petrobras e se tornou a empresa mais valiosa do Brasil – e segunda da América Latina, atrás só de Mercado Livre.

Listado em Nova York desde 2021, o banco digital liderado por David Vélez e Cristina Junqueira já vale US$ 77 bilhões, uma alta de 50% só em 2025.

Nesse mesmo período, a Petrobras caiu cerca de 20%, acompanhando a queda no preço do petróleo.

O ranking atualizado das gigantes latino-americanas mostra o Nubank firmando seu espaço entre os titãs:

  1. Mercado Livre: US$ 115,7 bi

  2. Nubank: US$ 77,3 bi

  3. Petrobras: US$ 74,7 bi

  4. Itaú: US$ 72,8 bi

  5. América Móvil: US$ 68,8 bi

A performance do ano vem junto com resultados invejáveis: a base de clientes cresceu 17% em um ano, chegando a 122,7 milhões de usuários no Brasil, México e Colômbia. Outra métrica pra deixar qualquer investidor feliz é o lucro líquido: US$ 637 milhões, com um retorno sobre o patrimônio de 31%.

Enquanto a Petrobras continua dependente do humor do barril de Brent, o Nubank surfa na onda da digitalização e da bancarização. E, por enquanto, parece que o vento está a seu favor.

PS: no cenário global, o Nubank já aparece como a 40ª maior empresa financeira do mundo, à frente de gigantes como BNY Mellon e Barclays.

Recomendação dos analistas:

Compra: 14 | Neutro: 4 | Venda forte: 1

Preço-alvo médio: US$ 16,87 | Preço atual: US$ 15,96

CRIPTO

Em busca do refúgio cripto

Oferecimento Binance

Se há alguns anos o mercado corria pro ouro a qualquer sinal de instabilidade, hoje o metal divide atenção com as criptos. Até mesmo empresas estão colocando bitcoin e ether nas suas reservas de tesouraria própria. 

Só a Strategy tem mais de 640 mil BTC em carteira própria, mas a longa lista chega no Brasil com empresas como Méliuz e Oranje, por exemplo.

Pessoas físicas surfam na mesma onda e a Binance lidera o setor ajudando investidores do mundo todo. Só no Q3, registrou US$ 15 bi em entradas – 158x mais que as dez concorrentes seguintes somadas.

São +500 moedas, mais de 30 pares em BRL, liquidez rápida, recompensas e uma infraestrutura que já movimentou mais de US$ 125 trilhões desde o lançamento. Clique aqui e abra sua conta.

*Não é recomendação de investimento. Confira todos os detalhes da oferta

EARNINGS

Google: receita e lucro nas nuvens

Pela primeira vez na história, o Google (ou melhor, Alphabet) ultrapassou os US$ 100 bilhões em receita num único trimestre – um feito que deixou Wall Street mais animada que um algoritmo descobrindo café. As ações chegaram a subir +9% no after-market, com um lucro por ação bem melhor que o esperado.

Os números mágicos do trimestre:

  • 🟢 Receita: US$ 102,35 bi x US$ 99,89 bi esperados

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 2,87 x US$ 2,33 esperados

  • 🟢 Publicidade total: US$ 74,18 bi x US$ 65,85 bi no ano passado

  • 🟢 Google Cloud: US$ 15,15 bi, +34% em um ano.

Ou seja: crescimento por todos os lados, especialmente na nuvem, impulsionada por um mercado faminto por soluções de inteligência artificial. Falando em IA, a empresa anunciou que vai abrir ainda mais a carteira: os investimentos em infra devem ficar entre US$ 91 bi e US$ 93 bi em 2025, e aumentar ainda mais em 2026.

Enquanto isso, no core do business, o negócio de buscas segue firme, com US$ 56,56 bilhões de receita (+15% comparado ao ano anterior). Já o lucro líquido foi de US$ 35 bilhões, mesmo após o impacto da multa de US$ 3,45 bilhões imposta pela União Europeia por práticas anticompetitivas.

As ações da Alphabet sobem 45% em 2025. O Google nasceu como buscador, mas nuvem é onde encontrou a chave para o futuro.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 14 | Compra: 43 | Neutro: 10 | Venda: 0

Preço-alvo médio: US$ 263,15 | Preço atual: US$ 274,57

SEGUROS

Cat bonds: apostando contra o apocalipse

O Hurricane Melissa chegou com força. O furacão virou um monstro de categoria 5, avançando direto sobre a Jamaica, onde tocou o solo hoje e já é considerado o pior da história do país.

Além da tragédia humana e ambiental, o furacão também trouxe uma ressaca financeira para um grupo bem específico: os investidores de catastrophe bonds, os famosos cat bonds, títulos que literalmente apostam contra o apocalipse.

Cat bonds? Hora da caneta dropadora!

As cat bonds, ou obrigações de catástrofe, são títulos criados para transferir o risco de desastres naturais do setor de seguros para o mercado financeiro. Funciona assim:

→ Investidores compram esses títulos e, em troca, recebem juros (geralmente mais altos). No caso da Jamaica, são 7% ao ano.

→ Se o mundo segue sem catástrofes: juros pingando na conta!

→ Se o desastre ocorrer, o dinheiro dos investidores é usado para cobrir as perdas das seguradoras – e eles podem zerar o capital.

O furacão Melissa deve acionar o cat bond de US$ 150 milhões da Jamaica, emitido em maio pelo Banco Mundial. O dinheiro vai ajudar o país a se reerguer, mas será só um balde de água (literalmente) num incêndio: as estimativas de perda total variam entre US$ 5 bilhões e US$ 16 bilhões, segundo a Bloomberg.

Desde os anos 1990, os cat bonds vêm ganhando espaço. Só em 2025, segundo o Financial Times, as seguradoras já emitiram US$ 18,1 bilhões em papéis do tipo – superando o total de 2024, que foi de US$ 17,7 bilhões.

No fim, o mercado pode descobrir da forma mais dolorosa que brincar com a natureza é o tipo de investimento que nem o seguro cobre.

STATS DO DIA

US$ 5 trilhões

É o novo valor da Nvidia, que se tornou a primeira empresa da história a bater esse marco, menos de 3 meses depois de ter batido os US$ 4 trilhões! Detalhe: isso é maior do que o PIB de quase todos os países do mundo (exceto Estados Unidos e China).

Confere a evolução:

  • Maio/2023: US$ 1 trilhão

  • Fev/2024: US$ 2 trilhões

  • Jun /2024: US$ 3 trilhões

  • Jul/2025: US$ 4 trilhões

  • Out/2025: US$5 trilhões

Esses dados vêm direto do InvestingPro, um hub completo abastecido com dados do mercado para gerar insights e análises para você tomar decisões mais embasadas nos seus investimentos – e que também usa IA para montar estratégias completas para você. Clique aqui e assine.

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