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💰Game of Thrones da Eletrobrás
+ PIB da Califórnia + tour pelos balanços

Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que se a dívida global fosse um cartão de crédito, já estaríamos negociando com o gerente para parcelar até 2100.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Gerdau: números da gigante do aço
• Eletrobrás: começa o Game of Thrones do conselho
• Califórnia: a 4ª maior economia do mundo
• Tour dos balanços: Alphabet, Vale, Intel, Skechers

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o boletim Focus recuou a projeção pra inflação pela segunda semana consecutiva, indo para 5,55% para este ano. Apesar de toda a volatilidade do mês, o Ibovespa caminha para fechar no positivo, acumulando ganhos de 3,65% até agora. Hoje, 45% das empresas do Ibovespa se encontram na cotação máxima das últimas 52 semanas — no início do ano esse percentual era zero.
Lá fora, a semana passada foi de recuperação, com o S&P 500 subindo por quatro dias consecutivos, fechando com alta semanal de 4,6%. Já ontem o comportamento foi misto, com Dow e S&P subindo timidamente, mas Nasdaq caindo. Amanhã temos a divulgação do PIB americano, onde é esperado uma desaceleração para 0,4% no primeiro trimestre e também a divulgação dos resultados de Meta e Microsoft.
EARNINGS
Gerdau: a gigante do aço não enferruja

O primeiro tri de 2025 provou que até a Gerdau (GGBR4) pode enferrujar quando o cenário aperta. O lucro líquido ajustado despencou 39%, fechando em R$ 758 mi. Se você acha que o mercado ficou decepcionado, pense de novo: o operacional ficou levemente acima das expectativas e mostrou que, mesmo em tempos turbulentos, a empresa ainda sabe como surpreender.
O que realmente está por trás desses números? O Brasil, que sempre foi o motor da Gerdau, perdeu força com preços pressionados e custos mais altos. Só que a América do Norte segurou as pontas e evitou que o tombo fosse maior. Diversificação geográfica virou palavra de ordem.
Agora, se você é investidor e já está pensando em pular fora, pare e preste atenção nestes pontos:
Dividendos garantidos: a Gerdau vai distribuir R$0,12 por ação (GGBR4) e R$0,08 por ação (GOAU4), com pagamento já em maio, somando mais de R$ 243 mi para os acionistas.
Aquisições estratégicas: a companhia comprou a Rio do Sangue Energia por R$ 244,5 mi e a Paranatinga Energia por R$ 197,2 mi, reforçando sua aposta no mercado de energia renovável.
Receita resiliente: mesmo com o lucro em queda, a receita líquida subiu 7,2% no comparativo anual, mostrando que o volume de vendas segue firme.
No fim das contas, a Gerdau está longe de virar sucata. A gigante do aço mostra que sabe jogar com volatilidade, apostando em dividendos consistentes e expansão para setores complementares.
Recomendações dos analistas
Em abril, os analistas mantiveram uma visão positiva sobre as ações da Gerdau, com 5 recomendações de "Buy" (Comprar) e 6 de "Hold" (Manter). O preço alvo médio é de R$ 23,53, com o mais alto alcançando R$ 31,00, indicando um potencial de valorização em relação ao preço atual de R$ 15,55.
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EMPRESAS
O Game of Thrones da Eletrobras

O que era pra ser só uma troca de cadeiras virou novela das nove na Eletrobras — a maior empresa de geração e transmissão da América Latina. A votação que define o futuro do conselho de administração rola hoje, na AGO, mas o barraco já vem fervendo há semanas: teve intriga, indireta, acusações e, claro, aquela politicagem que nem a privatização conseguiu varrer pra debaixo do tapete.
🌪️ No olho do furacão… Está o conselheiro Marcelo Gasparino. Cortado da nova chapa, transformou o LinkedIn num diário de desabafos e saiu denunciando os bastidores do processo. Em entrevista ao Brazil Journal, ainda mandou essa: “tem conselheiro se achando CEO”. | 🔌 Do lado da Eletrobrás… Já foram emitidas três advertências formais, e ele já pode pedir música no fantástico para Gasparino. Ele teria divulgado documentos internos confidenciais, colocando a empresa em riscos jurídicos e de imagem. |
No fim das contas, a briga vai além das cadeiras no conselho — é sobre quem dita o rumo de uma das maiores elétricas do mundo no seu pós-privatização: o capital privado que bancou a virada, os interesses políticos que seguem firmes ou uma mistura dos dois? E os números da gigante das elétricas mostram a relevância desse poder:
A Eletrobrás é responsável por 1/4 da capacidade instalada do país – e 90% são de fontes de baixa emissão;
89% das linhas de transmissão do Brasil são dela;
Após a privatização, divulgou a maior distribuição de dividendos da sua história: R$ 4 bilhões;
Fechou 2024 com R$ 10,4 bilhões de lucro líquido, um salto de 136% em relação ao ano anterior.
Enquanto as brigas acontecem, a ação ainda parece não ligar pro drama e já subiu 27,63% só este ano. Será que essa cotação aguenta mais um episódio de Game of Thrones Corporativo: Edição Eletrobras?
ESTADOS UNIDOS
Califa: o quarto maior país PIB do mundo

Se a economia mundial fosse uma corrida, o estado americano da Califórnia teria acabado de ultrapassar o Japão, assumindo o 4º lugar geral. Com um PIB de US$ 4,1 trilhões em 2024, o Golden State agora só fica atrás de EUA, China e Alemanha.
EUA: US$ 29 tri
China: US$ 18,6 tri
Alemanha: US$ 4,7 tri
Califórnia: US$ 4,1 tri
Japão: US$ 4,02 tri
O motor californiano está a todo vapor: no ano passado o crescimento foi de 6%, performando melhor até mesmo que os três maiores PIBs. Também vale destacar que 14% do PIB americano vem do estado dourado.
O que está por trás dessa arrancada?
As Big Techs continuam bombando no Vale do Silício;
Turismo decolando, com o estado se mantendo como o principal market share de destino americano;
Crescimento populacional, com a Califórnia sendo o maior estado em habitantes dos EUA;
Topo do pódio americano em volume de produção agrícola.
O Governador Gavin Newsom aproveitou os números para dizer: "A Califórnia não está apenas acompanhando o mundo – estamos liderando a corrida." Mas (sempre tem um “mas”), ele também soou o alarme e disse que as tarifas comerciais de Trump podem travar essa engrenagem.
A coisa ficou tão séria que a Califórnia entrou com uma ação federal pra derrubar as tarifas. E faz sentido: quase metade do que o estado importa vem de China, México e Canadá — seus três principais parceiros. Caso isso desacelere a economia por lá, a expectativa é de que a Índia ultrapasse o Golden State já em 2026.
MACRO
Banco Central Europeu: se prepara para cortar mais a taxa de juros em junho.
Crédito Privado: 40% dos tomadores de crédito privado tiveram fluxo de caixa livre negativo em 2024.
China: nega novamente que esteja em negociações com Trump sobre as tarifas.
Aprovação presidencial: Trump tem apenas 39% de aprovação, o menor número para um presidente nos 100 primeiros dias de governo em 80 anos.
Agronegócio: produtores gaúchos irão ter as dívidas de 2025 prorrogadas por até quatro anos.
Déficit: Brasil tem US$2,245 bilhões nas contas externas em março.
TEMPORADA DE BALANÇOS
Tour pelos Balanços
Alphabet: o Google anunciou lucros trimestrais acima das expectativas, juntamente com um aumento de 5% nos dividendos e também um programa de recompra em até US$ 70 bi. O core da empresa — a divisão de anúncios, que representa cerca de 75% da receita — cresceu 8,5%, para US$ 66,89 bilhões neste trimestre, acima dos 7,7% esperados. O Google Cloud também registrou um aumento de 28% na receita.
Lucro por ação: US$ 2,81, superando as estimativas dos analistas de US$ 2,02.
Receita: US$ 90,23 bi, acima dos US$ 88,87 bi previstos. Aumento de 12% no ano.
Lucro: US$ 34.5 bi, crescendo 46% no ano.
Vale: reportou resultados em linha com o esperado pelo mercado, que já tinha expectativas baixas para o primeiro trimestre. Dado o patamar do preço do minério de ferro, alguns analistas gostaram do resultado, salientando que essa é uma métrica importante para ser analisada durante o ano.
Lucro Líquido: US$ 1,394 bi, 17% abaixo do mesmo período do ano passado
Receita Líquida: US$ 8,1 bi, recuando 4%
Dividendos: estimativas de distribuir US$ 4 bilhões, entregando 9% de DY.
Intel: a empresa fabrica a maioria de seus chips nos EUA, mas importa peças da China, o que a torna vulnerável aos caprichos da guerra comercial. Recentemente, anunciou um corte de até 20% do seu quadro de funcionários.
O novo CEO, Lip-Bu Tan, nos seus primeiros comentários públicos comentou: "Vocês merecem mais, e nós precisamos melhorar".
Lucro por ação: US$ 0,13, melhor que o esperado de US$ 0,01.
Receita: US$ 12,67 bilhões, superando a previsão dos analistas de US$ 12,3 bilhões.
Skechers retirou seu guidance para 2025, colocando a culpa nas tarifas. A empresa importa tudo do exterior, com a China representando 40% e outros 40% do Vietnã — países altamente impactados pelas tarifas.
Lucro por ação: US$ 1,34, acima das previsões de US$ 1,17.
Receita: US$ 2,41 bilhões, abaixo dos US$ 2,43 bilhões esperados.
AÇÕES
Mobly: disputa entre os fundadores da Tok&Stok amplia incerteza sobre o controle da empresa.
Carrefour: a deslistagem do Atacadão foi aprovada por 59% dos acionistas presentes da AGE.
Boticário: prepara aporte em fundo de venture capital de R$ 100 milhões.
Nasdaq: com a alta volatilidade dos mercados, a empresa supera as estimativas de lucro.
Natura: acionistas aprovam a reestruturação, com a incorporação da holding
Goldman Sachs: aprovou um pacote de bônus em US$ 80 milhões para os executivos.
STATS DO DIA
O CDI a 14,15% parece bom demais para ser verdade… mas será que é mesmo? Depende do ponto de vista. O JP Morgan fez a conta do retorno acumulado do CDI em 15 anos e...
CDI Nominal: 142%
CDI Real: 38%
CDI em Dólar: 4%
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