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💰 Frete grátis não sai de graça

+ o trimestre da Vale + economia americana

Drop é um oferecimento de

Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que a campanha de frete grátis do Mercado Livre foi um sucesso. Exceto pra DRE, que ainda chora sozinha no porão.

PS: Saiu o sorteio do gift card do Tesouro e o dropper-felizardo atende pelo email pa**********pr@****ail.com. Entraremos em contato;

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Mercado Livre: entregando quase tudo no trimestre
• BB: entre calotes e sanções
• Vale: os números do trimestre
• EUA: nos ombros das big tech e dos bancos

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, a semana começou com um pregão de alívio puxado pelo bom humor vindo de fora, embalado pela expectativa de corte de juros nos EUA. Mas a calmaria durou pouco: logo após o fechamento saiu a notícia que Alexandre Moraes decretou prisão domiciliar de Bolsonaro. O impacto direto só foi sentido nos futuros, que devolveram os ganhos do dia e ainda viram o dólar dar aquele salto clássico de tensão.

Lá fora, julho terminou com Wall Street mais uma vez passando por cima do resto do mundo. O S&P 500 subiu 2,2% no mês, enquanto o índice global caiu -1,1%. A Nasdaq foi além e entregou 3,7% de alta, turbinada pelos balanços positivos das big techs. Os dados fracos do mercado de trabalho divulgados na sexta reforçaram a expectativa de que o Federal Reserve corte juros já na próxima reunião, em setembro. E, no campo político, Trump deve indicar em breve o substituto de Adriana Kugler no Fed, que pediu renúncia.

EARNINGS

Como o Mercado Livre fez dinheiro no 2T’25

O MercadoLibre escalou Neymar e Ronaldo no ataque, usou a tática do 4-3-frete-grátis como isca e marcou golaços na receita. Mas com a defesa aberta também tomou alguns contra-ataques e o custo alto derrubou margens e trouxe o lucro abaixo do esperado.

A empresa baixou o valor mínimo para frete grátis para R$ 20 e ainda reduziu custos de envio para empresas e usuários da plataforma. O impacto foi imediato e os itens vendidos subiram 31%, no maior ritmo desde 2021.

Os números do trimestre:

  • 🟢 Receita Bruta: US$ 6,79 bilhões, crescendo 34% e acima das expectativas

  • 🟢 Mercado Pago: US$ 64,6 bilhões em volume processado, aumento de 39%

  • 🟢 Compradores únicos: recorde de 70,8 milhões de pessoas.

  • 🔴 EBIT: US$ 825 milhões, abaixo dos US$ 869 milhões esperados

  • 🔴 Lucro Líquido: US$ 523 milhões, abaixo dos US$ 596 milhões esperados

  • 🔴 Lucro por ação: US$ 10,31, abaixo dos US$ 12,01 esperados

Além do e-commerce, o Mercado Pago ganha protagonismo como fintech: a carteira de crédito cresceu 91% em um ano e chegou a US$ 9,3 bi, com inadimplência em queda (6,7%). Ainda assim, os papéis caíram -8% no after-market.

No fim das contas, o trimestre mostra uma empresa com fôlego para crescer (e brigar por mercado, especialmente no Brasil) — mas também escancara o velho dilema das gigantes digitais: escalar sem sufocar a rentabilidade. No ano o saldo é positivo: as ações já sobem +40,89% no ano, com valuation em US$ 121,46 bilhões.

Recomendação dos analistas:

Compra: 23 | Manter: 2 | Venda: 1

Preço-alvo médio: US$ 2.855,73 | Preço atual: US$ 2.395,83

BANCOS

BB: entre calotes e sanções

A sexta-feira foi amarga para o BB, e não foi por causa do cafezinho da sede. O banco mais antigo do país tropeçou feio no pregão e viu suas ações despencarem 6,85%, o que significa que R$ 7,7 bilhões evaporaram do seu valor de mercado em uma tarde.

No acumulado do ano, os papéis já perderam 19,70% do valor e de ~37% da sua máxima em maio. Quem esperava calmaria, encontrou um furacão financeiro: lucros mais fracos em maio e sanções internacionais envolvendo o STF.

O tombo tem explicação. Dois ventos contrários empurraram o banco para este redemoinho:

O primeiro foi: piora nos lucros puxada pelo calote no agro, que é um dos maiores segmentos de atuação do banco e se viu obrigado a assistir a desvalorização da soja e outras commodities durante o trimestre:

  • Lucro em Abril: R$ 1,7 bilhão

  • Lucro em Maio: R$ 500 milhões (-70%)
    =

  • Lucro esperado para o trimestre: R$ 5,1 bilhões

  • Lucro provável para o trimestre: R$ 3,5-4 bilhões (-31%)

O segundo foi: o baque geopolítico causado pelas sanções dos EUA contra um ministro do STF que colocaram o banco em uma sinuca internacional. A dúvida espinhosa: bancos brasileiros devem ou não seguir as sanções? Se sim, batem de frente com o Judiciário. Se não, arriscam punições lá fora. Uma clássica saia-justa bancária global.

Enquanto tenta se equilibrar entre as lavouras e as leis internacionais, o BB já viu seu valor de mercado derreter para R$ 106 bilhões, bem longe dos R$ 170 bilhões de maio. O agro já não está mais pop. E o BB… muito menos.

PS: O BTG revisou a estimativa de lucro para baixo em 23%.

ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA

Abaixo o stress financeiro

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MACRO/AÇÕES
  • FED: Adriana Kugler, membro votante, renuncia e dá mais um indicado para Trump.

  • Payroll: dados do mercado de trabalho vieram bem abaixo das expectativas.

  • Big Techs: estão gastando US$ 344 bilhões em capex na IA.

  • Brasil: investimento chinês no Brasil bate recorde e se diversifica.

  • FGC: CMN endurece regras para depósitos cobertos pelo fundo.

  • FIIs: o fundo HFOF11 será o primeiro FII da Bolsa a fazer um programa de recompra de cotas.

  • BP: anuncia a sua maior descoberta de óleo e gás em 25 anos.

  • Usiminas: Irmãos Batista compram participação minoritária, pisando no setor de aço. 

  • Berkshire Hathaway: queda na receita e falta de programa de recompra desaponta investidores.

  • Banco Master: BC aprova aumento de capital em R$ 1 bilhão.

  • BRF-Marfrig: 71% dos minoritários votaram a favor da fusão.

  • Tesla: aprova pagamento de US$ 29 bilhões em ações para Elon Musk.

  • Ambev: tem pior queda de volumes em sua história, com exceção da pandemia.

  • Figma: caiu -27,38% no seu terceiro pregão, após o estouro do IPO da semana passada.

  • Palantir: bateu as expectativas do trimestre, alcançando US$ 1 bilhão em receitas.

EARNINGS [2]

Como a VALE fez dinheiro no 2T’25

Nem só de ferro vive a Vale, mas ele ainda pesa (literalmente) no resultado. A mineradora divulgou os seus números do 2T’2025 com o lucro líquido caindo 24% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o resultado foi acima das expectativas, com o mercado esperando ferro resultados mais fracos da gigante do minério.

Os números do trimestre:

  • 🟡 Receita Líquida: US$ 8,8 bilhões, com queda de 11%, mas em linha com as expectativas

  • 🟢 EBITDA ajustado: US$ 3,4 bilhões, caindo -14%, mas acima dos US$ 3,32 bilhões esperados.

  • 🟢 Lucro Líquido: US$ 2,12 bilhões, acima do consenso de US$ 1,43 bilhão

  • 🟢 Custo médio do minério: US$ 85,1/tonelada, 13% abaixo de 2024

Segundo a Vale, o respiro veio dos bons ventos de cobre e níquel – e da queda no custo do minério de ferro, que caiu em US$ 55,30 por tonelada (10% abaixo de 2024). Os custos com cobre e níquel também despencaram: -60% e -30%. Com a operação mais afinada, a empresa revisou para baixo o guidance de custos.

A dívida líquida caiu para US$ 17,4 bi, dentro da meta da empresa (US$ 10 a 20 bi). Com o endividamento sob controle, cresce a expectativa por um dividendo extra no radar dos acionistas.

Junto com o anúncio, a Vale também anunciou o pagamento de US$ 1,45 bilhão (quase R$ 8,1 bilhões) em juros sobre capital próprio, entregando um dividend yield de 7%. No ano, a empresa sobe apenas 2,76% e atinge valuation de R$ 299,4 bilhões.

Recomendação dos analistas:

 Compra: 8 | Manter: 4 | Venda: 0

Preço-alvo médio: R$ 67,28 | Preço atual: R$ 53,94

ECONOMIA

EUA: nos ombros dos bancos, tech

Enquanto os gigantes da tecnologia e os bancões estão em clima de festa e brindando lucros recordes, boa parte das empresas americanas está enfrentando uma ressaca econômica provocada por tarifas, custos crescentes e um crescimento mais lento que fila de lotérica em dia de pagamento.

Apple, Meta, Microsoft, JPMorgan, Goldman – basicamente o time titular do S&P 500 – seguem entregando lucros de encher os olhos. Tech subiu 41%, bancos levaram +12,8%.

Mas é só dar uma olhadinha sob o capô da economia que a coisa muda de figura. De acordo com dados da FactSet, empresas mais ligadas ao consumo diário (alimentos, materiais e eletrodomésticos) estão sentindo o calor das tarifas e dos custos altos. E as consequências são lucros caindo, margens espremidas e a conta sem fechar.

Mais da metade das empresas que já divulgaram resultados viram a margem encolher – mesmo com vendas em alta. Enquanto Wall Street acelera, a economia real começa a frear. Os dados da semana passada mostraram:

  • PIB: desacelerou para 1,1% ao ano no primeiro semestre de 2025, bem abaixo dos 2,9% da segunda metade de 2024.

  • Mercado de trabalho: novas vagas despencaram e se encontram na menor média desde junho de 2020, no auge da pandemia.

Para os investidores, os sustos estão sendo cobrados na hora: empresas que decepcionam nos resultados estão vendo suas ações caírem em média 5,6%, bem acima da média histórica de 2,4%.

Entre lucros e prejuízos, o mercado aposta que os investimentos em IA, que continuam bombando nas gigantes tech, sejam o gás que ainda mantém essa economia no prumo.

STATS DO DIA

32%

É quanto as mag-7 da tecnologia (Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla) representam do valor de mercado total do S&P500. O setor financeiro fica com mais 13,8%.

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