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💰 Entre fibras e dividendos
+ a carteira da gen-Z + cripto e ouro se misturando

Drop é um oferecimento de
Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que, quando o apocalipse acontecer, o que vai sobrar na Terra são as baratas… E os títulos de investimento em ouro.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Vivo: os resultados do 2T25
• Investimentos: a carteira da geração Z
• Brasil: como estão os gastos no exterior
• Cripto precioso: um ETF que mistura ouro e BTC

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o Ibovespa fechou no menor patamar desde abril e a promessa é de uma semana agitada: hoje é dia de relatório de produção e vendas da Petrobras, amanhã tem Copom decidindo o patamar dos juros e também IGP-M. Quinta ainda teremos o fechamento do mês e na sexta, se nada mudar, entra em vigor o tarifaço dos 50%. No meio disso tudo, a temporada de balanços começando, com o report de 20 empresas.
Lá fora, tivemos uma semana bem forte, com os índices renovando suas máximas algumas vezes, motivados pelos acordos comerciais que os EUA vêm fechando e os bons resultados corporativos (83% das empresas com resultado acima das expectativas até agora). Essa é, por enquanto, a melhor temporada desde 2T’21. Amanhã também temos reunião do FOMC, e a expectativa é que a taxa de juros americana permaneça inalterada.
VISUAL
Vivo: os resultados do 2T25

Provando que segue mais viva do que nunca, a Telefônica Brasil, controladora da Vivo, deu um belo “Alô” aos investidores no segundo trimestre. Com a ajuda do combo “celular + fibra” e serviços digitais, reportou números animadores e tentou afastar rumores sobre uma possível venda.
Lucro: R$ 1,3 bilhão (+10% ano/ano)
Receita: R$ 14,6 bilhões (+7,1%)
Faturamento pós-pago: R$ 8,2 bilhões (+10,9%)
Faturamento fibra: R$ 1,9 bilhão (+10,4%)
EBITDA: R$ 5,3 bilhões (+8,8%)
Dívida líquida: R$ 3,9 bilhões (+66%)
Dívida líquida total: R$ 10,65 bilhões (-5,7%)
Quem vem ganhando espaço dentro da empresa são os serviços digitais e novos negócios, que já representam 11,2% da receita e mostram que a Telefônica não quer viver só de ligações e WhatsApp. Só pra consumidor final? Não! No B2B essas linhas representam uma alta de 31,3% no período.
Os custos operacionais também subiram, principalmente pelo aumento das contratações nas áreas de IA e tecnologia – um investimento praticamente obrigatório em 2025. Mas ao contrário de muitos, IA não veio para substituir humanos, já que o custo de pessoal subiu acima da inflação.
Com os rumores de que a matriz espanhola poderia vender parte da operação brasileira para levantar caixa na Europa, o CEO Gebara foi direto: “Desconheço esse plano”. Para ele, o Brasil continua sendo um ativo estratégico para o grupo, responsável por 23% da receita global e nada menos que 32% do EBITDA em 2024.
Ontem, antes da divulgação dos resultados, o papel caiu -0,24%, mas já sobe 36% no ano.
Recomendação dos analistas:
Compra: 12 | Neutro: 3 | Venda: 0
Preço-alvo médio: R$ 33 | Preço atual: R$ 30,54
PS: A Vivo comprou o controle da FiBrasil, pagando R$ 850 milhões, visando ampliar o alcance no mercado de banda larga via fibra óptica.
INVESTIMENTOS
As carteiras das geração: X, Y e Z

Wall Street tem um novo crush: jovens das gerações Y e Z, com grana no bolso e sem paciência para o mercado tradicional. Eles cresceram vendo crises, moedas digitais, bolhas e memes milionários e, não por acaso, dão preferência a ativos alternativos como startups, cripto e até colecionáveis.
O mercado não dorme no ponto: de bancos tradicionais a fintechs descoladas, todo mundo está redesenhando produtos para agradar essa galera. Segundo o Bank of America, o perfil dos investidores com menos de 44 anos vem ficando mais claro:
93% planejam colocar mais dinheiro em ativos “fora da caixa”, como itens colecionáveis.
47% de suas carteiras estão em ações e títulos, muito menos do que os investidores com mais de 44 anos (74%).
17% das suas carteiras de investimento são alocadas a alternativas, em comparação com 5% alocados por investidores mais velhos
49% possuem criptomoedas e outros 38% estão interessados em possuí-las.
72% acreditam que aquela clássica carteira 60/40 (ações e títulos) não entrega mais o que promete.
Essa mudança está forçando gigantes como Blackstone e Apollo a transformarem seus fundos de elite em versões mais acessíveis, com nomes bonitos, embalagens modernas e até ETFs recheados de ativos semilíquidos. Para os mais jovens, alternativos são a chance de participar do próximo grande boom tecnológico (e postar isso no TikTok/Reddit, claro).
Wall Street sabe que precisa se adaptar. E rápido. Porque, se continuar oferecendo só o de sempre, corre o risco de ser deixada pra trás por uma geração que quer mais adrenalina (e menos PowerPoint) na hora de investir.
TECNOLOGIA
Dados + análise = decisões de alto nível
Oferecimento Geoambiente
Você sabia que 64% dos bancos já usam IA para análises preditivas e oferecer produtos aos seus clientes? E que 83% das fintechs ainda estão em estágio inicial na implementação de IA em suas operações?
Os ingredientes são conhecidos: dados e análise. O segredo está no modo de preparo e é aí que muita gente ainda se perde, mas a receita é mais simples do que você pode imaginar.
No dia 30 de julho (mais conhecido como “AMANHÔ) um webinar gratuito da Geoambiente vai mostrar como a combinação entre IA e Data Analytics está revolucionando a gestão das empresas no setor financeiro. Veja exemplos reais, ferramentas de alto impacto e como transformar dados em decisões estratégicas.
MACRO/AÇÕES
BCE: banco central europeu manteve a taxa de juros em 2%.
Investimentos Diretos: cai para menor nível em 4 anos.
Receita Federal: possui arrecadação recorde para o 1º semestre, com R$ 1,425 trilhão.
Mercados: 18 gráficos que mostram como foi o 1º semestre nos investimentos.
Goldman: após 8 anos fora, banco retorna como principal market maker do mercado de ETFs.
Paramount: FCC aprova fusão de US$ 8 bilhões com a Skydance.
PetroReconcavo: Citi retira a recomendação de compra e corta preço-alvo para R$ 15.
LVMH: conglomerado de luxo está em negociações para a venda da Marc Jacobs por US$ 1 bilhão.
Raízen: vende novas usinas e pacote de desinvestimentos já soma R$ 2,7 bilhões.
Intel: reporta seu sexto trimestre seguido de prejuízo.
Braskem: Petrobras vai ao CADE para questionar negociações de Nelson Tanure.
Taurus: considera transferir a operação para os EUA se a tarifa de 50% for confirmada.
BRASIL
Brasileiros no exterior: recorde de gastos

Nem IOF turbinado, nem juros nas alturas conseguiram segurar a vontade do brasileiro de dar um pulinho lá fora e abrir a carteira. O resultado? Recordes de gastos no exterior: US$ 1,83 bilhão em junho e acumulado de US$ 10,17 bilhões no ano – maiores valores desde 2014.
E todo esse gasto não é só saudade da Disney. A explicação é um mix de dólar em queda, economia ainda crescendo e... aquela vontade incontrolável de não pagar imposto passar no free shop para abastecer.
Mas brasileiros gastando mais no exterior não é mesmo que gringos gastando mais por aqui: os investimentos estrangeiros diretos (IDP) caíram 11% no período e o déficit chegou a US$ 32,8 bilhões no primeiro trimestre, uma alta de +87% no ano.
Pro resto do ano, o BC estima que o déficit em conta corrente chegue a US$ 68 bilhões. Não é um apocalipse, mas é um número que acende um alerta. No fim das contas, se os dólares que entram não forem suficientes para cobrir os que saem, a conta tem que fechar em algum lugar… e geralmente é no câmbio.
O brasileiro segue gastando lá fora, mesmo com o IOF no caminho – ajudado pela queda do dólar. Já os gringos estão mais tímidos. Se a tendência continua? Vai depender do câmbio, da economia e, claro, de Brasília, onde a política adora fazer turismo por caminhos inesperados.
CRIPTO PRECIOSO
GBTC11: o date do ouro físico com ouro digital

Misturar o ouro físico (aquele metal precioso que gera riqueza há séculos) com o ouro digital (aquela bloco criptografado que não tem idade nem para consumir álcool) é uma boa ideia? Não sabemos, mas a gestora Buena Vista Capital acha que sim.
Em parceria com a Hashdex, ela acaba de lançar o GBTC11: um ETF que mistura a adrenalina do Bitcoin com a solidez clássica do ouro. É um modo turbo com airbag embutido.
O ETF estreia hoje, tem listagem na B3 e segue o índice FTSE Bitcoin and Gold Risk Weighted, ajustando os pesos trimestralmente conforme a volatilidade – nada de gestão ativa. No último rebalanceamento: 66,3% ouro e 33,7% bitcoin, a maior alocação histórica em BTC do índice desde 2016.
Como é feito o cálculo? No fim de cada trimestre o índice calcula a volatilidade anualizada de BTC e ouro com base nos 90 dias anteriores. Depois, usa um truque matemático pra descobrir quanto de cada ativo vai entrar na próxima fase. O resultado disso é:
Quanto mais estável → mais peso na carteira.
Quanto mais volátil → menos espaço.
Durante o trimestre, nada acontece. Só é feito rebalanceamento de novo no trimestre seguinte. Esse é um ETF para equilibrar ousadia e cautela em um só produto. Desde que você saiba o que está comprando, o GBTC11 pode ser um ótimo aliado na hora de diversificar com estilo.
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Saber do mercado financeiro é importante, mas nem todo mundo (ou seria “quase ninguém”?) tem tempo pra ficar lendo report de assessoria, guidance de empresa e tudo mais. O MoneyDrop tá aqui pra isso: ajudar você a decifrar o mercado e a economizar até seu tempo nessa difícil missão.

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