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Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que tem muita gente querendo acabar com a frequência trimestral dos reports de resultados… Num mercado que perde a cabeça por causa de tweets.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• Adobe: um trimestre sem retoques
• Ouro: mais uma máxima
• Fed: cortar ou não cortar os juros?
• Trimestralismo: a cultura pode mudar?

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, a semana começa animada com o Ibovespa subindo +0,90% e batendo um duplo recorde: maior fechamento nominal (143.547 pontos) e maior patamar no intradiário (144.194 pontos). O dólar renovou as mínimas do ano – e dos últimos 15 meses. Tudo isso às vésperas da decisão do COPOM, que se reúne amanhã e a expectativa do mercado é pela manutenção da Selic.
Lá fora, as empresas de IA, junto com as Mag-7, fizeram o trabalho duro e colocaram o S&P 500 e o Nasdaq 100 em mais uma máxima recorde. Destaque para Tesla: com a notícia de que Elon Musk comprou mais US$ 1 bi em ações, a empresa voltou a ficar em terreno positivo durante o ano. O mercado agora entra em compasso de espera, aguardando a reunião do FOMC amanhã, com a expectativa de corte de 0,25%.
VISUAL
Adobe: um trimestre sem retoques

As IAs já estão “photoshopando” melhor que muito sobrinho, mas a gigante do design provou que continua brilhando no terreno corporativo. Sem precisar de retoques, a Adobe entregou resultados no trimestre acima do esperado.
🟢 Lucro por ação: US$ 5,31 (ajustado) vs. US$ 5,18 esperados
🟢 Receita: US$ 5,99 bi vs. US$ 5,91 bi projetados
🟢 Lucro líquido: US$ 1,77 bi, acima dos US$ 1,68 bi de um ano antes
A ameaça é também um motor para o quarto trimestre: a receita recorrente (influenciada por IA) já passa dos US$ 5 bilhões, supera a meta do ano todo e coloca pra cima as estimativas de receita e lucro.
Mesmo com resultados positivos, as ações da Adobe caem 21% em 2025 – bem atrás de outros gigantes tech e do Nasdaq (+14%). O mercado segue de olho na concorrência em IA generativa (Canva, OpenAI e cia.) e quer ver, na prática, como a Adobe vai transformar hype em receita real.
A Adobe destacou que 99% das empresas da Fortune 100 usam suas ferramentas de IA e que 40% das 50 maiores contas dobraram o gasto anual desde 2023. Segundo Anil Chakravarthy (chefe de Experiência Digital), o diferencial está na imagem de parceiro seguro para proteger propriedade intelectual, fator decisivo em marketing e criação de conteúdo.
Recomendação dos analistas:
Compra forte: 6 | Compra: 20 | Neutro: 11 | Venda: 3
Preço-alvo médio: US$ 457,52 | Preço atual: US$ 347,05
TÍTULOS
Ouro: recorde lapidado

O Ouro bater as máximas nominais não é novidade em 2025, mas pela primeira vez em 45 anos o metal superou seu pico histórico ajustado pela inflação: US$ 3.674,27 a onça. Para efeito de comparação, em 1980 chegou a US$ 850 – o equivalente a US$ 3.590 atuais.
Desde janeiro, o ouro já quebrou seu recorde mais de 30 vezes, acumulando alta de quase 40%. Tarifas, pressões de Trump sobre o Fed e a geopolítica conturbada empurram dólar e Treasuries para baixo, enquanto o ouro se firma como o “último romântico” dos ativos seguros.
A história se repete: nos anos 70 a inflação em alta, recessão e crises geopolíticas transformaram o ouro em refúgio. A diferença é que agora o movimento é global e bem mais organizado:
Bancos centrais estão comprando para se proteger de sanções e reduzir dependência do dólar.
Investidores institucionais embarcaram forte desde a posse de Trump.
China e ETFs ampliaram o apetite e democratizaram o acesso.
Com isso, o valor guardado em cofres de Londres já passou de US$ 1 trilhão, e o Ouro virou até o segundo maior ativo das reservas globais, ultrapassando o Euro.
Segundo Grant Sporre (Bloomberg Intelligence), o Ouro pode estar caro, mas seguro nunca sai de moda. Se a economia dos EUA fraquejar, o metal tende a brilhar ainda mais. Governos e moedas podem oscilar – já o fascínio pelo metal, esse é eterno.
Você tem Ouro no portfólio?
MACRO/AÇÕES
COPOM: expectativas são de manutenção da Selic.
Boletim Focus: expectativa de inflação cai para 2025.
CVM: procuradora-chefe deixa o cargo assumido em 2023.
BCE: depois do último corte em junho, Banco Central Europeu manteve as taxas de juros.
ETFs: BlackRock lança 29 novos produtos na bolsa brasileira e amplia acesso a ativos internacionais.
Ciclos: 2025 se encaminha para ser o 3° maior ciclo global de cortes de juros no mundo.
Tesla: após conselho aprovar pacote de remuneração, Elon Musk compra US$ 1 bi em ações.
Google: alcança a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado, sendo a quarta empresa americana a chegar nesse patamar.
JBS: após listagem em NY, empresa mira no S&P500.
Pop Mart: a fabricante do Labubu perde US$ 13 bilhões em valor de mercado após J.P Morgan rebaixar a empresa.
Oi: negociada a centavos, administração propõe grupamento das ações em 25:1.
Banco do Brasil: vai resgatar US$ 1,7 bilhão em bônus perpétuo emitido em 2013.
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EUA
Cortar ou não cortar? Eis a questão

Desemprego em 4,3% e inflação em 3,1%… Pode parecer apenas mais uma terça-feira pra muito país, mas na maior economia do mundo esses dados incomodam mais do que se imagina. Resolver isso não é simples, mas é missão da semana de Jerome Powell e do seu comitê FOMC, que amanhã decidem se cortam ou não os juros.
✅ Cortar: dá um gás no mercado, anima Wall Street e pode evitar que o mercado de trabalho fraqueje ainda mais. Além de diminuir as pressões, tanto de Trump quanto de empresários.
❌ Não cortar: mantém a guarda contra a inflação, mas arrisca apertar demais a economia, colocando ela em uma situação que fica mais difícil de fazer a reversão.
Para complicar, dados semanais de seguro-desemprego atingiram o maior nível desde 2021, reforçando a pressão por alívio monetário. Com isso tudo em vista, os mercados já apostam em um corte de 0,25%, com previsões mais ousadas apontando para um corte turbo de 0,50%.
O problema é que cada passo do Fed pode ter efeito colateral. Cortar demais pode reacender a inflação. Cortar de menos pode esfriar de vez o crescimento. No fim, Powell está preso num dilema e qualquer decisão hoje pode virar dor de cabeça amanhã.
P.S: na última reunião, em julho, foi a primeira vez desde 1993 que não tínhamos 2 votos dissidentes na mesma votação do FOMC.
REPORTS
Trimestralismo: a cultura pode mudar?

Por mais de 50 anos, empresas americanas têm seguido religiosamente o “ritual dos resultados trimestrais”: preparar planilhas, enfrentar analistas e sofrer com o nervosismo pré-conferência. Mas agora, a Long-Term Stock Exchange (LTSE) quer quebrar essa tradição e dar um “sabático” para os CFOs: passar as divulgações para o modo semestral.
A Long-Term Stock Exchange (LTSE) é como um clube exclusivo para quem pensa no futuro: nada de correr atrás só do próximo trimestre. Criada em 2020 no Vale do Silício, nasceu para dar palco a empresas e investidores que jogam no modo “maratona”, não “corrida de 100 metros”.
A proposta: acabar com a obrigatoriedade de divulgar resultados a cada três meses e deixar as empresas reportarem só duas vezes ao ano.
O motivo: segundo o CEO Bill Harts, poupar milhões de dólares e dar tempo para os executivos focarem mais em construir o futuro e menos em números do próximo trimestre.
Os antecessores: em 2018, ninguém menos que Jamie Dimon (JP Morgan) e Warren Buffett já tinham assinado um artigo dizendo que o “curto-prazismo” estava detonando a economia. Trump também defende que a SEC libere as empresas para reportarem a cada 6 meses.
Claro que nem todo mundo quer largar essa tradição e isso vira uma faca de dois gumes: defensores do modelo dizem que ela garante mais transparência, disciplina na gestão e menos assimetria de informação.
A pergunta que fica é: será que Wall Street está pronta para abrir mão da adrenalina trimestral – ou o mercado vai preferir seguir o ritual de sempre?
PS: Essa regra vem dos anos 70, mas na Europa desde 2013 as empresas não são obrigadas a reportar – apesar de muitas fazerem para agradar analistas e investidores.
STATS DO DIA
+US$20 trilhões
É o somatório das 6 maiores empresas americanas (Nvidia, Microsoft, Apple, Alphabet, Amazon e Meta) em valor de mercado. Isso é maior que o PIB da China e de todos os países do mundo exceto EUA.

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