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💰 Bancos, parques e balanços

+ o preço do m2 comercial + giros por balanços

Drop acelerado por

Bom dia Droppers.

Pensei no chuveiro: que semana de balanços é como uma orquestra tocando em frequência de mercado: ou você lê a partitura, ou reage às notas torcendo pra acertar o tom.

No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:

• Banco Inter: os grandes números do trimestre
• Imóveis: a batalha pelo m² comercial
• Disney: entre parques e esportes
• Balanços: um giro pelos reports

Dropped by Igor Chede Collaço e Renan Hamann
GIRO PELO MERCADO

Por aqui, os balanços sólidos roubaram a cena, ofuscando até o início dos temidos 50% de tarifas dos EUA sobre exportações brasileiras – o que não impediu o Brasil de acionar oficialmente a OMC. Destaques do dia: Itaú fechou com +1,26%, (após bater quase +4% no intraday) e RD Saúde brilhou com +18,67% após resultados acima das estimativas. Hoje temos divulgação de resultados da B3, Lojas Renner, CVC, Petz, Magazine Luiza, Petrobras e outras 21 empresas.

Lá fora, o pregão também foi positivo, com a divulgação da Casa Branca de um investimento doméstico adicional de US$ 100 bilhões da Apple, mas principalmente por falas de membros do FED que acreditam em dois cortes de juros para esse ano. Ao fim do dia, Trump anunciou tarifas de 100% para os semicondutores asiáticos, visando impulsionar a produção local.

O investidor atento aproveitou o rali para rebalancear — reduzindo exposição em papéis que já correram forte e buscando ativos com fundamentos sólidos e desconto relativo. O sinal é claro: quem entrega resultado, sobrevive ao ruído. Mas o cenário exige agilidade e proteção: volatilidade e política seguem ditando o ritmo de curto prazo.

(Via Warren AI, o chatbot de investimentos da Investing Pro. Cupom DROPSPRO dá 15% OFF.)

EARNINGS

Como o Banco Inter fez dinheiro no 2T’25

60-30-30 parece tática de futebol, mas é o plano de 5 anos do banco Inter anunciado no início de 2023, com metas ambiciosas para 2027: 60 milhões de clientes, 30% de eficiência e 30% de ROE. E os resultados do trimestre mostram que o caminho está sendo bem trilhado:

  • 🟢 Receita Líquida: R$ 2 bilhões, +2% acima das expectativas.

  • 🟢 Lucro líquido: R$ 315 milhões, +2% acima das expectativas.

  • 🟢 Número de clientes: 40 milhões, +1,8% acima das expectativas.

  • 🟡 Inadimplência 90 dias: 4,6%, dentro do esperado.

  • 🔴 ROE: 13,9% ROE, 0,6 p.p abaixo do esperado.

Já são dois terços da meta entregues, e ainda faltam 10 trimestres. “Estamos no caminho certo”, garante o CFO Santiago Stel, que parece ter gostado de ver o plano ganhando tração mesmo num mercado competitivo e cada vez mais saturado.

A carteira de crédito do Inter cresceu 22,9% em 12 meses e mostra diversificação. Boa parte do avanço veio de linhas menos convencionais, como antecipação do FGTS (R$ 3,6 bilhões, +42% a/a) e home equity (R$ 3,8 bilhões, +38% a/a).

Do lado do risco, o Inter se segurou bem: inadimplência curta caiu (de 4,3% pra 4,1%), a longa ficou estável (4,6%) e a cobertura subiu pra 143%. Já nas despesas, boa gestão: CTS (custo de servir) estável mesmo com mais clientes, e custos gerais subindo menos que a receita.

O alerta veio das provisões pra calote (PDD): R$ 569 mi, alta de +10,8% t/t e +35,1% a/a — reflexo de um crédito mais arriscado e o “combo Brasil” com juros altos e inflação.

Negociadas na Nasdaq sob o ticker INTR – e com a BDR INBR32 aqui no Brasil – a empresa subiu +11,87% ontem e já tem uma valorização de 58,14% neste ano. O banco vale cerca de US$ 3 bilhões.

Recomendação dos analistas:

Compra: 8 | Manter: 1 | Venda: 0

Preço-alvo médio: R$ 45 | Preço atual: R$ 40,34

IMÓVEIS

A batalha pelos m² corporativos

Até teve quem achou que a pandemia tinha encerrado pra sempre o presencial. Cinco anos depois, ele não apenas voltou como também está gerando batalhas milionárias pelos m² mais badalados de São Paulo. Simplesmente tem mais empresas querendo ocupar do que salas comerciais para serem ocupadas. Os números mostram:

  • Vacância geral: caiu de 19,8 para 17,8% em um ano;

  • Vacância Triple A: caiu de 16,6% para 11,8%;

Essa alta demanda gerou até o fenômeno da pré-locação, com empresas correndo para garantir a chave antes mesmo de os novos prédios ficarem prontos. Tudo para ter salas bem localizadas em prédios de alto padrão e perto de um cafezinho gourmet.

Absorção é o termômetro que mede essa demanda por escritórios – mostrando quanto espaço foi ocupado ou alugado no período. E SP ferveu no 1º semestre de 2025: foram 435 mil m² de absorção bruta, a maior absorção líquida em 17 anos.

Muita gente chorando e o preço do lenço vai lá em cima. O aumento das locações elevou o preço médio do m² em 15% e os preços na Faria Lima já se encontram na faixa dos R$ 300 – conta de padeiro: uma sala de 200 m² custaria R$ 60 mil por mês, SÓ de aluguel.

Outro efeito colateral do combo “Menos salas e metros mais caros” é o coração dividido nas empresas: time do front office fica nas áreas badaladas e backoffice vai para regiões mais tranquilas, com aluguel mais camarada – e o VR durando mais.

STARTUPS

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MACRO/AÇÕES
  • Bônus Wall Street: novo relatório da Johnson Associates mostra os ganhadores e perdedores do ano até agora. 

  • PMI: indicador da atividade econômica americana registra 50,2, bem abaixo dos 51,3 esperados. É a terceira menor leitura desde a pandemia.

  • Frigoríficos: China estende investigação sobre importação de carne bovina do Brasil.

  • GPA: cai 10,87% depois de divulgar uma alta no endividamento e diminuição do caixa.

  • Eletrobras: reverte lucro e tem prejuízo de R$ 1,32 bilhão no 2T’25.

  • C&A: dobra o lucro, e apura receita de R$ 2 bilhões, crescendo 12,4% na comparação anual.

  • Totvs: tem alta de 64,2% no lucro, registrando R$ 189 milhões no trimestre.

  • Embraer: em fato relevante, a empresa divulgou um erro contábil de “apenas” R$ 728 milhões, revertendo prejuízo de R$ 53,4 milhões para um lucro de R$ 675 milhões.

  • Guararapes: dona da Riachuelo divulga lucro recorde em R$ 142,2 milhões no trimestre, alta de 151% na comparação anual.

  • Lyft: reportou receitas e lucros abaixo do esperado, caindo -3,87%.

  • Shopify: subiu 21,97% depois de registrar lucros muito mais fortes do que o esperado.

  • Brava: reverte prejuízo e registra lucro de R$ 1,04 bilhão.

EARNINGS [2]

Como a Disney fez dinheiro no 2T’25

O Mickey pode até parecer tranquilo tirando selfies com turistas, mas por trás da máscara a Disney está suando para tentar manter a coroa de maior império do entretenimento do mundo. Os números do trimestre:

  • 🔴 Receita: US$ 23,65 bilhões, abaixo das projeções de US$ 23,73 bilhões;

  • 🟢 Lucro por ação: US$ 1,61, acima dos US$ 1,47 esperados;

  • Streaming: +2,6 milhões de assinantes, com receita de US$ 6,2 bilhões;

  • TV linear: queda de 15% na receita;

  • Parques e experiências: receita recorde de US$ 9,09 bi (+9%).

Com altos e baixos, a Disney mostra que seus resultados não andam mais num carrossel tão tranquilo. A TV perdeu receita e o streaming tentou compensar, mas cresceu menos que o esperado. O guidance também não está empolgando e a reação veio rapidamente: as ações caíram 2,73% no dia do anúncio.

Por outro lado, uma montanha-russa digna de Orlando precisa de subidas e loopings. E na parte esportiva tudo segue radicalmente bem, graças a parcerias estratégicas e contratos bilionários com NFL e WWE.

A aposta parece clara: conquistar o público esportivo e blindar a base de assinantes contra a concorrência crescente de gigantes como Amazon e Netflix, que investem cada vez mais em esportes ao vivo.

No entanto, as grandes estrelas do trimestre foram os parques. A divisão de experiências (que inclui resorts, navios e, claro, os parques temáticos) alcançou receita de US$ 9,09 bilhões, sendo este o melhor resultado histórico para o trimestre.

O Mickey segue reestruturando seus pilares, apostando em experiências imersivas, consolidando plataformas digitais e investindo forte no mundo esportivo. A magia continua, mas por lá os executivos sabem que precisam estar sempre de olhos bem abertos para os movimentos dos rivais.

Recomendação dos analistas:

Compra forte: 5 | Compra: 18 | Neutro: 6 | Venda: 1

Preço-alvo médio: US$ 131,56 | Preço atual: US$ 115,17

FIM DE QUARTER

Giro pelos Balanços

Itaú: o maior banco brasileiro não decepcionou e entregou um lucro acima do esperado, em R$ 11,5 bilhões no trimestre e numa alta de 14,3% na base anual. O ROE ficou em 23,3%, com a inadimplência estável, aumentando as projeções de PDD em apenas 1,9% no período.

  • Lucro líquido: R$11,508 bilhões, acima dos R$ 11,328 bilhões esperados

  • ROE: 22,3%

Suzano: a maior produtora de celulose do mundo reverteu o prejuízo e apurou um lucro de R$ 5 bilhões. A melhora no resultado foi fruto da variação positiva no resultado financeiro, impactada pelas variações cambiais. A receita cresceu 16% no ano e endividamento caiu para R$ 74,2 bilhões, com a alavancagem em 3,1x em dólar.

  • Receita: R$ 13,3 bilhões, crescendo 16%

  • Lucro por ação: R$ 5,11

Prio: escorregou no barril e entregou um lucro líquido de US$ 122,51 milhões, 54% abaixo na comparação anual. Segundo a empresa, o resultado foi fortemente impactado pela receita, que viu a cotação do petróleo Brent cair 22% no trimestre comparado aos preços do ano passado.

  • Lifting cost: US$ 13,80, em alta de 81%.

  • Lucro líquido: US$ 122,51 milhões, em queda de 54%.

Pfizer: a gigante farmacêutica não satisfeita em bater as expectativas de receita e lucro, também elevou suas projeções futuras. Mas no mesmo dia da divulgação, Trump fez um anúncio sobre possíveis tarifas para o setor, o que pode atingir em cheio os planos da empresa.

  • Receita: US$ 14,65 bilhões, bem acima dos US$ 13,56 bilhões esperados.

  • Lucro por Ação: US$ 0,78 por ação, acima das expectativas de US$ 0,58.

STATS DO DIA

17,2%

foi o aumento do lucro dos bancos privados na comparação com mesmo período do ano passado, batendo R$ 21,234 bilhões.

Via Valor

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