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💰 A última dança de Warren Buffett
+ Nubank e XP batendo recordes + a volta dos dividendos

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Bom dia Droppers.
Pensei no chuveiro: que o investimento de Buffett em uma empresa em baixa é como plantar uma árvore no outono: pode parecer estranho, mas ele sabe que ainda vai dar sombra.
No Drop de hoje, em 5 min e direto ao ponto:
• XP: os números do 2T’25
• Dividendos: as empresas abriram o cofre
• Nubank: mais clientes e menos custos
• Warren Buffet: a última dança

GIRO PELO MERCADO

Por aqui, o relatório Focus apontou para a inflação de 2025 abaixo de 5% pela primeira vez e levou otimismo para o Ibovespa, que subiu +0,72% ignorando o exterior. À tarde, notícias sobre o STF determinando a suspensão dos efeitos da Lei Magnitsky fizeram o real ter a segunda pior performance frente ao dólar.
Lá fora, o dia foi lento, com um dos menores volumes negociados nos últimos meses. O mercado espera mesmo é a ata do FOMC, que é divulgada amanhã e terá dados da última reunião – a primeira com dissidência dupla nos últimos 32 anos. Na sexta, o presidente do Fed fará um discurso no Simpósio de Jackson Hole e o mercado aguarda ansioso.

Sinais técnicos mostram um mercado já esticado — índices como o S&P 500 (+15,0% em 12 meses) e Dow Jones (+9,8%) patinam, enquanto volatilidade anualizada segue elevada (13,5% no NASDAQ). O investidor atento deve evitar euforia: indicadores técnicos apontam sobrecompra em alguns índices, e a proximidade do simpósio de Jackson Hole pode trazer reprecificação brusca, principalmente se o Fed frustrar expectativas de corte de juros.
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VISUAL
XP: os números do 2T’25

A XP acaba de reportar o maior lucro trimestral da sua história: R$ 1,32 bilhão, com 18% de crescimento sobre o mesmo período do ano passado e batendo as projeções. Recorde também foi o seu retorno sobre patrimônio anualizado (ROAE), chegando em 24,4%, o maior da história da casa.
Na receita, destaque para o o varejo (que cresceu 9%) e para uma mudança no pódio: renda variável voltou a liderar – com R$ 1,03 bi de receita, sobre R$ 988 mi de renda fixa.
Os números do trimestre:
🟢 Lucro líquido ajustado: R$ 1,32 bilhão (+18% no ano), acima das projeções.
🟢 Lucro por ação: R$ 2,46, avanço de 22% na comparação anual.
🟢 ROAE: 24,4%, recorde histórico para a XP.
🟢 Receita bruta total: R$ 4,66 bilhões (+4%), puxada pelo varejo.
🔴 Captação líquida: R$ 10 bilhões (queda de 70% YoY). No varejo, R$ 16 bilhões (-34% YoY).
Mas nem tudo são recordes: a captação líquida caiu 70% e ficou em R$ 10 bilhões. O resultado reflete um cenário de maior volatilidade nos mercados, investidores mais cautelosos e também uma concorrência mais acirrada em busca do patrimônio dos brasileiros.
A XP já concluiu R$1 bi em recompra neste ano, mantém outro do mesmo tamanho em aberto e promete devolver ao menos metade do lucro de 2025 aos acionistas, via dividendos ou recompras.
A XP saiu do trimestre com mais casca do que entrou: ficou mais rentável, mais eficiente e mais diversificada. Mas a queda forte na captação líquida mostra que ainda tem muita pedra no caminho da corretora e que os próximos capítulos não estão 100% definidos.
Na Nasdaq, as ações fecharam o dia antes do balanço a US$ 17,50 (queda de 0,-34%). Já no after market, ela chegou a cair -3%. No acumulado do ano o papel sobe 47,6%, o que coloca o valor de mercado da XP em US$ 9,2 bilhões.
INVESTIMENTOS
Abrindo os cofres de Dividendos

Empresas BR estão abrindo o cofre: só no primeiro semestre distribuíram R$ 176 bilhões em proventos, um salto de 6,8% em relação a 2024 e o maior valor desde 2020. Além de uma melhora na economia, várias que estavam em “greve de dividendos” voltaram a pagar seus investidores. Entre os destaques:
Eletrobras: anunciou R$ 4,1 bilhões de pagamentos em 2025, um salto de 55% sobre o ano passado.
JBS: dobrou o volume pago em relação a 2024, para R$ 8,87 bilhões.
Ambev: triplicou os valores do ano passado, pagando R$ 10,6 bilhões.
Vale: a mineradora distribuiu R$ 36,7 bilhões em 2025, um salto de R$ 16 bilhões frente ao ano passado.
Cogna, Ser Educacional e YDUQS abriram o cofrinho para os acionistas, mostrando certo otimismo no setor da educação depois de anos bem difíceis. Já a Petrobras frustrou, ao reduzir os dividendos extras por causa da queda do petróleo – mas ainda deve render 10% a 12% de yield em 2025.
Por enquanto, o investidor de ações de dividendos voltou a ter motivo pra sorrir ao abrir o extrato. Uns dividem pouco, outros dividem muito, mas o que importa é que, depois de um bom tempo, o baile dos dividendos voltou a ficar animado.
P.S: essa semana vamos ter os pagamentos de proventos da Gerdau, Metalúrgica, Klabin, Localiza, Tegma, Petrobras , BR Partners, Banco BMG, Irani, Unipar e Unifique.
MERCADO IMOBILIÁRIO
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1 Levantamento feito pela Brain Inteligência Estratégica
MACRO/AÇÕES
FED: Jerome Powell faz discurso em Jackson Hole nessa sexta-feira.
Tesouro Direto: passará a funcionar de forma ininterrupta, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.
PPI: inflação do produtor americana sobe 0,9%, batendo 3,3% no ano.
Boletim Focus: projeta a inflação abaixo de 5% para 2025.
Brasil: o lendário gestor Stanley Druckenmiller compra 0,54% do seu fundo de EWZ.
Micro-caps: 7 empresas chinesas caíram mais de 80% na última semana, limpando US$ 3,7 bilhões em valor de mercado.
Family Office: alocações aumentaram 526% desde 2016.
CEOs: remuneração das empresas do FTSE 100 atinge recorde histórico.
Azul: atinge seu menor valor histórico após os resultados do 2T’25.
Duolingo: subiu 13% depois de falas do CEO e recomendação de compra da KeyBanc.
Marfrig: registra lucro líquido de R$ 85 milhões no 2T’25, em alta de 13% na comparação anual.
GPA: teve a renúncia de dois membros do Conselho Fiscal.
Braskem: tem rating rebaixado pela Moody’s, com perspectiva ‘Negativa’.
Track&Field: bate recorde em vendas em mesmas lojas, crescendo 21,8%.
JBS: Barron's, recomenda a compra da ação, dizendo que a empresa é “filé mignon”.
Braskem: Cade aceita participação da Petrobras em análise de operação com ações da empresa.
Raízen: sobe 16% com notícia de que a Petrobras pensa em investir na empresa.
EARNINGS
Nubank: o Roxinho no verdinho

Outro trimestre de comemorações no roxinho: o Nubank teve recorde de lucro líquido com US$ 637 milhões, ficando 5% acima das previsões mais otimistas de Wall Street. Se tirarmos os ajustes de câmbio, o salto foi de 42% em relação ao ano passado, coroando o maior lucro trimestral da história do banco.
O que justifica? Expansão acelerada da carteira de crédito (alta de 40% em um ano), a melhora da margem financeira e o controle nas despesas. De quebra, a base de clientes segue aumentando (+5,7 milhões de contas nesse ano), consolidando a marca como o maior neobank do Brasil.
Os números do trimestre:
🟢 Receita: $3,66 bilhões, crescimento de +29% no ano.
🟢 Lucro Líquido: $637 milhões, batendo recorde histórico.
🟢 Clientes: 123 milhões.
🟢 Depósitos: $36,6 bilhões.
Mais do que mostrar a base gigantesca com 123 milhões de clientes, o Nubank vem mostrando saber como extrair o máximo disso: o ARPAC mensal (quanto cada cliente ativo rende, em média) bateu pela primeira vez US$ 12,20 enquanto o custo de servir cada cliente ficou em módicos US$ 0,80.
A operação internacional avança: no México já são 12 milhões de clientes e uma licença bancária fresca para acelerar a estratégia. Junto disso, uma dança das cadeiras no topo: Roberto Campos Neto (vice-chairman), Eric Young (ex-Google/Amazon, assume como CTO) e Ethan Eismann (assume design).
A ação (BDR) sobe +7,45% desde a divulgação do resultado e agora a empresa vale US$ 64,45 bilhões. Com essa alta, o CEO e fundador, David Vélez aproveitou para ir às vendas: ele vendeu, na última sexta-feira, 33 milhões de ações, somando US$ 435,6 milhões. O motivo anunciando foi para fins de planejamento patrimonial.
INVESTIDORES
Warren Buffett: The Last Dance

Warren Buffett anunciou a aposentadoria, mas decidiu que antes de sair de cena precisaria fazer algum barulho… E fez, comprando nada menos que 5 milhões de ações da cambaleante UnitedHealth por US$ 1,6 bilhão.
Dizer que a UnitedHealth teve um ano difícil é elogio. Virou símbolo da crise do sistema de saúde após o assassinato do CEO em dezembro. O sucessor Andrew Witty deixou o cargo em maio, as projeções de 2025 foram para a gaveta e o Departamento de Justiça ainda investiga suspeitas de cobranças irregulares.
Mas se alguém chora, o Oráculo de Omaha vê a oportunidade de investir em lenço. Para o famoso caçador de barganhas, o tombo traz junto uma liquidação irresistível: a UnitedHealth negocia a um P/L de menos de 12x, o mais baixo em mais de uma década.
O anúncio da compra fez os papéis dispararem quase 12% em um único pregão – o melhor desempenho desde 2008.
Buffett deixa a Berkshire ainda este ano, coroando uma carreira lendária de visão de longo prazo e apostas bilionárias em Apple, Coca-Cola, Amex e Bank of America. Como nem tudo foi acerto, saídas precoces (como Wells Fargo e JP Morgan) custaram caro – as duas mais que dobraram em seguida.
No saldo, as ações da própria Berkshire caem cerca de 7% desde que Buffett anunciou a aposentadoria em maio. Mas, se tem uma coisa que esse senhor de 93 anos já provou, é que legado não se mede por um trimestre ruim.
STATS DO DIA
US$ 2,9 bilhões
Foi o fluxo para o ETF de Ethereum na semana passada, marcando um novo recorde.
Via Sherwood

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